quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Eternos!


Nesta terça-feira acordei meio que no susto, no susto de ter acordado às 11h30 em meio a um silêncio quase nunca existente num belo dia de sol e céu azul em Porto Alegre. Caramba, pensei, dormi muito mais que a minha cama. E num pulo já estava arrumada na cozinha bebendo café. A tv desligada, liguei, já que era próximo da hora do jornal. Liguei também o rádio e coloquei os fones de ouvido. Espera, o que é tudo isso? pensei.

Não conseguia entender o que era aquela imagem mostrada no programa da Fátima Bernardes, não entendia o que era aquela hashtag #ForçaChape. Não entendia o que o Macedo falava na Gaúcha, eu queria saber do Grêmio, e apenas isso. Na verdade, eu realmente não queria entender, eu teimava em fazer de conta que não compreendia, o que ao ver a imagem do avião já sabia o enredo.

Fui ao Twitter e li muitos twittes, mas preferi me manter na ignorância,  abri nada mais nada menos do que cinco reportagens. Não, não, aquilo não podia ser verdade.

Mas era, era verdade. O time da Chapecoense, a imprensa esportiva, os comissários... Todos ceifados pela tragédia da queda do avião que levava a equipe para a Colômbia, onde o time catarinense disputaria o primeiro jogo da final da Sul-Americana.

71 mortos. Centenas de pessoas que ontem perderam um pedacinho do coração. 71 famílias sem um pedaço importante, sem um membro especial. Atletas, dirigentes, equipe técnica e médica, 20 jornalistas, equipe aérea. Pessoas que nos deixaram e tiveram suas vidas interrompidas no auge da juventude e de suas carreiras. Filhos, filhas, pais de família que não abraçaram seus pais, namoradas, namorados, maridos, esposas, filhotes, cachorros e gatos na noite de Natal.

Erros e mais erros são apontados como possíveis causadores do acidente. Contudo, enquanto suposições são feitas e a investigação é realizada. Torcedores de diferentes equipes, de diversos países e de outros esportes, além futebol, promovem homenagens aos falecidos.

E nesta conta triste, tudo só não é pior, porque houve sobreviventes. Três jogadores da Chapecoense, um jornalista e dois comissários de voo. Todos estão hospitalizados e tudo indicam que sobreviveram.

E nesta confissão e lamentação pela equipe que aprendi a admirar os feitos futebolísticos encerro. Desejo profundamente que todos que partiram encontrem a luz divida, e que Deus conforte os corações saudosos que por aqui ficaram.

#ForçaChapecoense #ForçaAsFamílias


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