sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Feliz Natal com filhotes Angry Birds!

Print de tela
Para dar Feliz Natal a Sony e os Angry Birds postaram no Youtube um vídeo cheio de fofura, com os filhotes cantando "Alegria do Natal". Claro, que a experiência não é uma das melhores, já que alguns não são inquietos. Mas valeu a mensagem. Aproveito para deixar aqui o meu FELIZ NATAL!!!



O vídeo faz parte da divulgação do filme Angry Birds, que estreará nos cinemas em maio de 2016. Na película será explicado como começou a briga entre os pássaros e os porcos verdes.

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Em virtude algumas atividades extras as publicações aqui, e as atualizações do Cupcake Pop, estão atrasados. Mas em breve volta ao normal. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Choveu, molhou? Não será problema se a jaqueta do Marty McFly virar realidade



Sabe a jaqueta que o Marty McFly usou para se secar no filme De volta para o Futuro - Parte II? E que é sonho da maioria das pessoas que moram em cidades que chove do nada, como Porto Alegre? Então, ela poderá se tornar realidade.  O projeto está sendo desenvolvido pela Falyon Wereable Tech, mas para concluí-lo e tornar a jaqueta uma realidade para os consumidores é necessário  US$ 12 mil.

Como o Falyon Wereable Tech não dispõe deste valor, os idealizadores estão fazendo uma campanha, no estilo vaquinha online, no site  Kickstarte, durante o período de 20 dias. Até o momento a campanha já arrecadou US$  8.521, 00.

A jaqueta contará com um sistema de ventilação e oito bolsos, no qual um é para o smartphone e o outro para levar o tablet (além de um cabo para recarga de bateria).

Além do vermelho tradicional, a empresa pretende oferecer o casaco nas cores cinza, branca, azul e preta. A previsão é que as jaquetas comecem a ser comercializadas em meados do ano que vem, e tenham preço a partir de US$ 159,00.

Os interessados em ajudar basta clicar aqui e fazer a doação.




terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Cupcake Pop: Comic Con 2016 e as animações que estreiam nos cinemas em dezembro 2015 e janeiro 2016

A semana anda intensa, mas o Cupcake Pop não poderia ficar sem algumas notícias do mundo pop. O Comic Con 2016 já tem data marcada para começar, e dezembro e janeiro cheio de animações no cinema. Confira!

Comic Con Experience 2016 com data marcada


Rhys-Davies/ Foto: Comic Con 2015
Tu que és fã de quadrinho e tudo mais que circunda o universo nerd e geek anote na agenda (e comece as economias) a Comic Con Experience 2016 já tem a data agendada. Será de 1º a 4 de dezembro no São Paulo Expo, na capital paulista. 

Neste último final de semana o evento reuniu cerca de 120 mil pessoas, tornando a Comic Con brasileira como uma das mais importantes do planeta. Na edição 2015 ficou-se sabendo, dentre os muitas exposições e painéis que Angry Birds virará filme (love) e que Marcelo Adnet e Dani Calabresa dublarão a película, que chegará aos cinemas no dia 12 de maio de 2016.


A Netflix anunciou novidades (muitas!!!).

A Turma da Mônica irá ganhar um filme live action. O anuncio foi feito pelo criador da turma, Maurício de Sousa, durante a celebração dos seus 80 anos de vida. O longa vai ser baseado na grafic novel "Turma do Mônica - Laços".

Entre os homenageados estavam o John Rhys (Salah,de Indiana Jones; e o Gimli, de O Senhor dos Anéis) e  Frank Miller, Jim Lee e Dan Didio (de Cavalheiro das Trevas).

Aconteceu muita coisa na Comic Con 2015, foram centenas de pessoas, de cosplays, de homenagens. Aqui não tem espaço para tudo, mas na página do evento tem tudo que rolou lá: facebook.com/CCXPoficial

Fãs de animação: chegou dezembro!


Apenas em janeiro de 2016

Os fãs de animação estavam ansiosos por dezembro, afinal em breve será janeiro. Ok, ficou confuso, já explico. Quem curte Alvin e os Esquilos poderá ver os pequenos roedores cantores de volta as telas a partir deste mês. No mês que vem será a vez da estréia do Bom Dinossauro e de Snoopy e Charlie Brown. 

Alvin e os Esquilos 4 chegam aos cinemas brasileiros no dia 24 deste mês (sim, na véspera de Natal). Na história Alvin, Simon e Theodore tem um crise de ciúmes, ao mesmo tempo bate o pavor e uma série de confusões que fará eles irem até Miami para tentarem impedir que o pai, Dave (Jason Lee) peça a mão da namorada em casamento. Eles tentarão convencê-lo de que esta é uma decisão errada, pois eles também não querem conviver com Miles (Josh Green), o terrível meio-irmão, filho de Samantha.





A Disney/Pixar lançou oficialmente o filme na Comic Con,  O Bom Dinossauro, que chegará as telonas no dia 7 de janeiro de 2016. No evento Peter Sohn (“Partly Cloud”) contou que a história em animação foi feita à mão e teve um trabalho de arte, conceitos e trilha sonora do filme especiais. “Procuramos fazer um filme que respeitasse a natureza: bonito, poético e misterioso ao mesmo tempo”, disse Peter.

A narrativa fala sobre como seria a relação dos dinossauros e o mundo atual se eles não tivessem sido extintos. No filme os dinossauros controlam o planeta, e mostra a amizade de Arlo, dinossauro adolescente de 70 metros de altura, com um jovem menino humano, Spot.



Snoopy & Charlie Brown - O Filme chegará ao Brasil apenas em 14 de janeiro (nos EUA a estreia foi em 6 de novembro de 2015). Na história Snoopy embarca em sua maior missão até hoje, quando ele alcança o céu atrás de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, enquanto seu melhor amigo, Charlie Brown, inicia a sua própria missão, conquistar a garotinha por qual está apaixonado.

O longa foi desenvolvido pela Blue Sky Studios e é distribuído pela 20th Century Fox. Toda a história foi baseado nas tiras Peanuts, de Charles M. Schulz (1922 a 2000).

Como um dos desafios era transmitir para o 3D as mesmas sensações das HQ's, Snoopy & Charlie Brown foi realizado por Steve Martino e escrito por Craig Schulz e Bryan Schulz (filho e neto de Charles Schulz).





sábado, 5 de dezembro de 2015

#QLQRUA: A Rua

A rua
A rua com suas idas e vindas, sem saída, com caminhos longos, com cruzamento, com jeito de avenida, curtinhas, enormes. Com poucas árvores, sem nenhuma, com várias. Uma rua de casas coloridas, de casas sóbrias, de prédios, de sítios, de tudo isso.

Quantas histórias estes caminhos não guardam. Quantas vidas bem ou mal vividas já não passaram por ela. Quantos personagens iguais a mim e iguais a ti não existem nestes imóveis? Incontáveis personagens tão diferentes e tão iguais.

A rua símbolo de quem quer seguir em frente, de quem quer às pressas voltar para casa.
A rua é admirada, é olhada com desconfiança. Os apaixonados bem que gostam de namorar em seus espaços mais escondidos e embaixo da luz prateada da lua. Mas nem sempre a rua tem uma bela história de amor, quantas de violência não estão marcadas em suas pedras?

Bem queriam os jovens e os idosos, assim como as crianças, aproveitar melhor o espaço da rua, porém a violência, seja a mão armada ou de trânsito, afasta as pessoas da área pública da rua.

Os lares de cada rua contam histórias seja do passado seja do presente, algumas de pessoas ansiosas também planejam o futuro. Quem será que mora naquela casa azul? Será que a menina da casa verde continua namorando? O rapaz da casa laranja passou no vestibular? Aquele da casa roxa sim, tem faixa de Bixo no portão! E naquele apartamento de cortinas vermelhas...

Já se passaram 69 crônicas, com esta fecha 70. Foram sete dezenas de histórias de coisas, pessoas, sabores, situações. Histórias e opiniões que nasceram de uma rua de Porto Alegre, da casa cor de laranja, personagens e vidas que estão espalhadas por diversas ruas da Capital e além dela.

Ruas que mesmo no escuro são cheias de vida e de luz. Muitas lágrimas e muitos sorrisos. Ruas que podem ser qualquer uma, vidas que são várias.

A série Em Qualquer Rua termina aqui. Mas não terminará as histórias que cada rua, ruela e avenida escondem em suas paredes, grades, postes, chão e céu.

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Objetivo concluído. Aqui a última crônica da série Em Qualquer Rua, mas na página a atualização continuará, se virar livro podem ter certeza que lá haverão crônicas inéditas. Leia todas as crônicas clicando aqui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

No futsal feminino mundial quem manda é o Brasil

As meninas do Brasil comemoram a invencibilidade/ Foto: Divulgação
No futsal feminino mundial quem manda é o Brasil, isso porque nesta manhã de segunda-feira, 30 de novembro, a Seleção Brasileira conquistou o hexacampeonato.

Depois de golear a Espanha nas semifinais, placar de 4 a 0, as brasileiras encaram na final a Rússia. A tarefa não foi fácil, já que as duas seleções estavam invictas. A partida foi bastante disputada, mas o Brasil conseguiu furar o bloqueio da defesa e colocou a bola na rede algumas vezes, no final, vitória para as brasileiras por 3 a 0.

Com o título a Seleção Brasileira é Hexacampeã Mundial e líder absoluto no ranking Fifa.

A terceira colocação ficou com a Espanha que venceu Portugal, por 9 a 1.

A competição é realizada desde 2010 e em todas o Brasil foi para a final sem nunca perder. A primeira edição aconteceu  na Espanha, o vice foi Portugal e a terceira colocação foi partilhada ente as seleções espanhola e russa.

A edição 2015 foi realizada na Cidade de Guatemala, Guatemala. Veja abaixo as sedes e as três melhores seleções de cada edição



Veja abaixo escalação das Hexacampeãs Mundiais:

Goleiras: Giga (Female/Chapecó-SC), Bianca (Cianorte-PR) e Missi Papst (Unifor-CE);

Fixas: Tatiane (Female/Chapecó-SC), Diana Santos (Barateiro/Brusque-SC) e Valéria Schmidt (Female/Chapecó-SC)

Alas: Tampa (Female/Chapecó-SC), Vanessa Pereira (Sinnai-ITA), Jessika Manieri (Barateiro/Brusque-SC), Amanda Lyssa (Barateiro/Brusque-SC) e Luísa Mayara (Barateiro/Brusque-SC)

Pivôs: Luciléia (Lazio-ITA), Caroline da Silva (Barateiro/ Brusque-SC) e Juliana Delgado (Atlético de Madri-ESP)

Técnico:  Wilson Sabóia

#Esportes

sábado, 28 de novembro de 2015

#QLQRUA - Profissão: não me julgue pelas ações dos outros

Profissão: não me julgue pelas ações dos outros. Eu não falaria sobre isso, na crônica pré-despedida da série eu queria um assunto mais ligth. Mas não dá. Tenho visto uma enxurrada de críticas a diferentes profissões, só que neste caos de acusações, muitas verdades e muitas mentiras, quem está sofrendo uma pressão mental são aqueles que se mantém corretos e são éticos.

Com a proibição do Uber em Porto Alegre, com os protestos dos taxistas e os taxistas que agrediram um motorista do Uber, toda a categoria está sofrendo uma dura crítica social. Um boicote se organiza, poucos pensam que o táxi é o ganha pão de muitas famílias, que muitos motoristas não estão nem ai para o Uber.

Li sobre um grupo de advogados que vem sofrendo poucas e boas, já que são acusados de mentirosos e corruptos, pois trabalhavam no mesmo escritório de um  profissional preso por lavagem de dinheiro.

Vira e mexe acusam todos os jornalistas de alguma coisa. Em protestos, ou qualquer lugar com uma união de pessoas, os jornalistas, muitas vezes, são impedidos de trabalhar. Muitos são agredidos, nem ao mesmo as pessoas pensam no valor vital destes profissionais para a manutenção da democracia. Além disso, sempre carregam o selo de “fofoqueiros nível master”, graças aos colegas que trabalham na editoria de 'celebs'.

As secretárias que vira e mexe viram alvo das línguas afiadas, já que diz a lenda que muitas têm casos extraconjugais com seus chefes. Sobra até para quem nunca nem imaginou ter algum enlace afetivo com quem lhe paga o salário no final do mês.

Assim como nas características físicas, no qual recebemos rótulos na testa, como profissionais muitos também ganham rótulos. Pior, têm suas reputações profissionais arrasadas por causa de um mito, novo ou velho.

O mais triste nisto, é perceber que muitos esquecem que antes de ser um profissional, há ali um ser humano, cheio de qualidades, manias e erros. Mais acertos que erros. Apenas esquecemos que um pé de laranja estragada não significa que o pomar inteiro esteja afetado.
Criticar é uma coisa, tornar o momento em uma série de xingamentos sem a mínima base é outra bem diferente.

Protestar para o fim é uma coisa, partir para agressão física ou moral é algo muito pior.
Assim como os rótulos pessoais, devemos abolir os rótulos profissionais, os que colocam em nós e o que colocamos nos outros. Não é uma tarefa fácil, mas se cada um fizer a sua parte, conviver e respeitar o outro tornará a vida nestas loucas sociedades mais fácil.

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Bateu uma tristezinha! Como assim, sábado que vem acaba! É amigos, passados dois anos eis o fim de uma meta, essa é a crônica 69 e sábado que vem a de número 70. A série Em qualquer Rua pode ser lida aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Eu também era seu amigo" - Enfim o trailer de Capitão América: guerra civil

Pôster Divulgação
Enfim a Marvel liberou o trailer do filme "Capitão América: guerra civil". A película do super-herói mais famoso da editora tem data de estreia no Brasil em 28 de abril de 2016. A história contada no filme tem base na saga em HQ de mesmo título, lançado em 2006. O filme tem previsão de estreia nos Estados Unidos em maio do ano que vem.

Uma das frases que chamou a atenção do público e que fez burburinho nas redes sociais foi proferida pelo Homem de Ferro ao Capitão América: _Eu também era seu amigo. #GenteQueDó!

Agora chega de papo. Clique no vídeo e assista ;)




terça-feira, 24 de novembro de 2015

Doodle homenageia os 41 anos do descobrimento de Lucy



O doodle desta terça-feira, 24 de novembro, é em homenagem ao aniversário de Lucy! Há exatos 41 anos o professor norte-americano, antropólogo e curador do museu de Cleveland de História Natural, Donald Johanson, e o estudante Tom Gray, descobriam o fóssil de Lucy, um  Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos, em Hadar, no deserto de Afar, na Etiópia. 

Não foi por acaso que Lucy foi encontrada a equipe coordenada por Johanson,que naquele ano (1974) estava fazendo escavações no local.

Exposição no Museu Nacional de Ciência do Japão
O fóssil recebeu o nome de Lucy por causa da música  "Lucy in the Sky with Diamonds", da banda The Beatles, e que tocada num gravador no acampamento, e também porque com os primeiros exames se definiu que aquela ossada pertencia a uma fêmea. 

A descoberta foi um importante passo para entendermos como ocorreu a evolução humana. Além disso, o fóssil de Lucy estava muito bem conservador o que surpreende pesquisadores até hoje. 

Com a importância científica, o Google resolveu homenagear Lucy, no dia de aniversário de sua descoberta.

Atualmente o esqueleto de Lucy está em exposição no Museu Nacional da Etiópia, na capital etíope Addis Abeba. Também é possível encontrar réplicas no Museu de História Natural de Cleveland e no Field Museum, de Chicago, ambos nos Estados Unidos.

O Google tem um arquivo com todos os doodles já produzidos em diversos Países, Confira aqui!


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Bicho não é presente, natal, uber e outros são destaques do Cupcake Pop


Se tiver selinho no post é Cupcake Pop, e não, não serão postagens sobre culinária, mas sim, sobre cultura pop ou aquilo que culturalmente está chamando a atenção. Poderão ser textos, entrevistas, reportagens e etc. Alguns materias aqui já publicados ganharam o selinho e serão marcados como Cupcake Pop, mas oficialmente começo agora.


Bichinho não é presente de Natal para quem não quer se comprometer 

 As Ongs que resgatam animais abandonados possuem o dobro de trabalho neste período do ano, principalmente porque muitas pessoas abandonam os animais que ganham de presente quando estes começam a dar trabalho ou ficam adultos. Pensando nisso o Canal+ tem como novo comercial "Amigo não se compra". Na propaganda o gatinho/cachorrinho é substituído por um javali, que faz a maior bagunça, ataca a geladeira e destrói algumas coisas. O casal acaba abandonando-o. Na última cena acontece uma lembrança. o tempo retorna a noite de natal em que o casal recebe de amigos um fofo javali bebê. Vale muito assistir e pensar antes: será que meus amigos vão querer viver e terão tempo, amor e dedicação com essa vidinha por mais de uma década?

  

 Um gato atrapalhado e a união da comunidade

A união de uma comunidade e um gato cinza atrapalhado são os temas da propaganda de Natal da rede inglesa de mercados Sainsbury's. O comercial é bem divertido, apesar do triste fato da família do gatuno quase ficar sem casa. O peru que seria servido no almoço está no forno, o gatinho enquanto dormia bate o rabinho em um fio, que acaba derrubando uma bolinha no fogão, e isso acaba ligando o forno. Pela manhã, o peru pegou fogo, o gato assustado praticamente quebrou a cozinha, chamou por acidente os bombeiros, e foi perseguido pela espessa fumaça cinza que saia do forno. Por fim, chegaram os bombeiros, fogo apagado, mas a família estava a salvo, mas tristes. Foi então que os vizinhos se reuniram e os ajudaram a arrumar a casa e o almoço. Cada um fazendo um pouquinho deu uma imensa ajuda. Assista!

  


Uber causando polêmica #Denovo! Agora em Porto Alegre

O aplicativo Uber está causando polêmica, de novo, agora em Porto Alegre. O app de transporte chegou na Capital Gaúcha na semana passada e desde então tem sido assunto nas redes sociais, na imprensa e também nas rodas de bate-papo. Grande parte dos moradores apoia o sistema alternativo de transporte, mas não agrada os taxistas que não querem a concorrência desleal. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) diz o serviço é ilegal, ou melhor, clandestino. Tanto que a EPTC não descarta usar o aplicativo para chamar carros e multar os motoristas. Ainda nesta semana, a Câmara de Vereadores votará um projeto que proibirá o uso do Uber no município.

Já a gerencia do app em nota explica que não é ilegal, já que está de acordo com a Constituição Federal e leis trabalhistas que garantem o livre exercício da iniciativa privada e a liberdade do exercício profissional, logo, os motoristas tem o direito de trabalhar desta forma garantida.

Na minha opinião, melhor do que proibir o Uber em Porto Alegre não é a melhor alternativa, mas também não vejo vantagem de usar o serviço desta maneira. Acredito que regularizar a empresa dona do aplicativo é muito melhor, assim ganha a empresa que deixa a informalidade, ganha a cidade com mais uma opção de transporte, ganham os clientes com um serviço seguro e que poderá oferecer até nota fiscal. 


Hora de colorir!!! 


Divulgação
A hora é de colorir! Para os fãs de pixels, ou melhor, é apaixonado pelos clássicos gráficos em 8-bit agora poderão entrar na onda dos livros de colorir. A Faber Castell criou uma plataforma digital, chamada Color Pxl, que tem um galeria com diversos desenhos no estilo pixel art. Quem quiser precisa acessar o site, escolher o desenho, fazer o download, imprimir, colorir e se divertir.

Giz de cera com 12 tons de pele
A Koralle, empresa brasileira fabricante de materias para artes, criou o giz de cera UniAfro, uma caixinha com 12 tons de pele, do mais clarinho ao mais escuro. A ideia integra uma ação para escolas infantis, e as caixinhas de giz foram distribuídas para professores do Rio Grande do Sul, em um curso sobre história e cultura africana, focado no corpo docente de escolas públicas. A iniciativa foi tão bem recebida que a Koralle colocou a venda as caixas da UniAfro no seu site. Legal, eu mesma odiava pintar os desenhos que me representavam com o tal rosa cor da pele, desde quando eu era da cor de um salmão?

sábado, 21 de novembro de 2015

#QLQRUA: A lama e a tragédia anunciada

Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). / Rogério Alves/TV Senado - Fotos Públicas
A lama que invadiu o Rio Doce, o matou, destruiu vilarejos em Mariana, Minas Gerais, traz dor de cabeça aos habitantes do estado do Espírito Santo. Matou pessoas trouxe uma tragédia sem tamanho para o Brasil. Destruiu casas, lares, mutilou famílias, matou animais, acabou com lembranças, livros. Destruiu a natureza.

A água de tom escuro que inspirava vida, cheia de peixes, que servia de ganha pão dos pescadores agora tem a cor marrom, esta embarrada. A água é imbebível. Não serve nem mesmo para regar as plantas.

O motivo da gigantesca devastação é porque as barragens que romperam eram de rejeitos de mineração. De acordo com especialistas na água a praticamento todos os elementos da tabela periódica. Só que o pior ainda poderá acontecer, e os técnicos da Samarco (empresa responsável pelas barragens) outras duas ainda poderão se romper, principalmente em virtude da chuva que atingirá o estado mineiro nos próximos dias.

Além da morte de toda uma biodiversidade, até o momento que escrevo essa crônica eram 11 mortos, sendo que apenas oito haviam sido identificados, e 12 pessoas seguem desaparecidas para desespero de suas famílias.

O cruel nisto é que a população de Mariana segue sem dormir a noite, com medo do estouro das outras duas barragens, seguem sem sono ao não poderem abraçar seus parentes sumidos, nem enterrar seus corpos.

A tragédia pode até ter pego todos de surpresa, mas não foi algo que não se imaginasse. Era um fato anunciado. Rachaduras existiam, sabia-se que a capacidade das barragens já não supria mais o que era produzido diariamente. Sabia-se e nada se fez.

Mais uma vez o problema foi ignorado, mais uma vez as causas não foram pensadas. O problema ficou na suposição até que há duas semanas virou realidade. A lama tomou conta de dois vilarejos, destruiu vidas, matou animais, poluiu um rio. A vida aos poucos irá se reestruturar, a natureza por muitos anos sofrerá os impactos da má administração humana. A nós resta cobrar empresas e governos para que a história de Mariana não se repita a outros lugares, que a fiscalização que não foi realizada em Minas Gerais seja feita. Que as leis fiquem mais duras, e acontecimentos catastróficos como este não sejam encarados como naturais, como ocorreu com a lama de Mariana, por via de decreto presidencial.

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Faltam apenas duas crônicas para encerrar a série Em Qualquer Rua, histórias que podem acontecer em qualquer rua, em qualquer casa. Crônicas sobre o cotidiano, sobre mim, sobre vocês ou sobre o vizinho.  Lê-las é fácil, basta clicar aqui.

sábado, 14 de novembro de 2015

#QLQRUA: Mulher/Homem feminista. Por que não?

A flor despetalada é uma forma de representar as vítimas da nossa sociedade

Me diga, caro leitor, existe algum problema em ser feminista? Seja você mulher, seja você homem? Para mim não, não há problema algum, pois ser feminista é mais do que gênero, é ser HUMANO.

Há algum tempo saiu na imprensa o Mapa da Violência, divulgado pelo Instituto Sangari. No estudo, de 1980 a 2010, no Brasil foram mais de 92 mil mulheres mortas. No estudo sobre homicídios e juventude no Brasil, de 2013, revela que de 2001 a 2011, o índice de mulheres mortas houve um aumento de 17,2%, ou seja, mais de 48 mil feminicídios. Só em 2011 mais de 4 mil mulheres foram assassinadas, e em 2013, de acordo com a ONU Mulher, cerca de 4.700 mil brasileiras perderam a vida em razão da violência. Grande parte destes assassinatos são causados pelos parentes das vítimas, como os parceiros, namorados, ex-namorados e maridos.

Mas não são só as mulheres que sofrem violência física no País. De acordo com estudo da UNICEF, no Brasil de 1990 a 2013, cerca de 10,5 mil jovens entre 10 a 19 anos são mortos por ano. O que eleva o País como segundo que mais mata jovens no mundo, atrás apenas da Nigéria. A maioria dos assassinados são os meninos das classes D e E, negros e pardos.

Ok, agora tu deves estar se perguntando qual a relação destes dados com o assunto desta crônica. Calma, eu já explico.

O que ambas pesquisas mostram é que a maioria dos violentados são as pessoas que moram em favelas, vilas, subúrbios ou bairros de periferia. Esses que estão, em grande parte, a mercê de uma sociedade machista, patriarcal e racista. Sem direitos a melhores condições de vida, mesmo que no papel, desde a homologação da Constituição Federal de 1988, o direito a moradia, a igualdade, o acesso à cultura, a educação e saúde sejam garantidos a todos que habitam o Brasil.

Ser feminista é defender a igualdade de gêneros, classes, etnias, religiões. Em um resumão, nada mais é do que defender que todos tenham os mesmos direitos e deveres. É querer que ninguém vire refém da sua condição física ou social.

Se tu és homem ou mulher e ficou chocado com o número de mulheres e jovens mortos, defende as diferentes famílias, não concorda e condena qualquer ato de racismo, informo-lhe, tu és feminista. E por que não?!

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Gente, que loucura, estou chegando ao meu objetivo. Com essa são 67 crônicas da série Em Qualquer Rua. Confira todas clicando aqui.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Fácil de ler e para refletir


Diferente de "O Diário de Anne Frank" em que a história contava de forma nua e crua tudo que a jovem Anne passou durante o período da Segunda Grande Guerra, "O Mundo de Anne Frank" vai além, porque conta um pouco da vida da personagem antes da Guerra, durante e já no campo de concentração. A narrativa é mais terna, lembra muito um conto, e pouco uma biografia.

A escrita suave da autora Janny van der Molen, a narrativa bem construída, com base na biografia da personagem e a utilização de recursos literários para contar a história, tornou o livro ideal para os jovens leitores. Já que apesar dos horrores acontecidos nos campos de concentração, a realidade foi contada de uma forma neutra, sem que o apelativo tomasse conta da obra. São recursos utilizados para atrair os leitores da faixa etária indicada.

Obviamente não podemos esquecer que trabalho de tradução de Alexandra de Vries foi essencial para que o livro não perdesse o sentido. Seria cruel se a delicadeza, e os momentos importantes da história se perdessem em língua portuguesa.

O uso de ilustrações, neste caso de autoria de Martinj van der Linden, também acrescentou a obra, já que elas auxiliam como complementares ao texto, fazendo com que o leitor fique ainda mais atraído pela história.

Indico para pais, responsáveis, padrinhos e professores. Essa é uma obra que a criança e o adolescente precisam ler, e indico que façam isso antes mesmo de ler "O Diário de Anne Frank". Pois este prepara o terreno para o debate sobre o Holocausto e também sobre a vontade de viver, sobre sonhos.

"O Mundo de Anne Frank" é um livro pequeno, menos de 200 páginas e que pode ser lido em dois dias. Vale a pena.

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Vou começar a postar algumas resenhas e comentários sobre livros que lerei ou que já li. Mas serão raros os relatos de livros best seller. Ainda estou devendo falar sobre o livro que dediquei algumas horas na última semana "Uma pequena casa de chá em Cabul". Entrei tanto dentro da história que qualquer coisa que eu escreva agora poderá ser um spoiler.

sábado, 7 de novembro de 2015

#QLQRUA: A falsa imagem de quem gosta de estudar

Usei óculos e virei um cão gênio/ Foto: ThingLink
Há uma falsa imagem quando se pensa em alguém que gosta de estudar, de ler, se é geek ou nerd. A maioria das vezes os personagens usam óculos, são sem graça, usam cores neutras ou pastéis. Tudo mentira, principalmente a questão do óculos de grau.

Eu gostaria de saber quem foi o gênio que criou a imagem do inteligente usando óculos? Quem disse a ele, e ao resto das pessoas que compraram a ideia dele, que as pessoas que são chegadas aos livros usam óculos. Quem disse que quem lê tem problemas de visão?

Uma das primeiras coisas que escutei quando pus óculos foi "nossa como tu ficou com cara de inteligente". Como assim!? Quer dizer que eu passei 27 anos da minha vida sendo burra???

Essa coisinha que uso no rosto não é para enfeitar, me deixar com a aparência de gênio, é para enxergar melhor, para anular a miopia. Basicamente, para que eu possa ver a televisão sentada no sofá, não fique com o nariz grudado nos livros ou nos cadernos, que eu não fique com a cara próxima do computador, que eu veja o quadro e o professor, pegue o ônibus certo, e principalmente, para que eu não morra atropelada.

Tenho uma amiga que não enxerga de pertinho, então ela sempre carrega os óculos dependurado no pescoço, como um colar. Tem até uma correntinha dourada, bem fofa. Ela não vê nada de perto, logo para ler ou ver os detalhes de um objeto precisa coloca-los. Certa vez ela me contou que vira e mexe escutava que ela ficava com uma carinha de menina esperta sempre que botava os óculos.

Ligar esse objeto a figura de pessoa estudiosa é o mesmo que dizer que toda loira é burra. Conheço muita gente que usa óculos, mas foge de um livro como o vampiro foge de alho. Se arrepia só em pensar em estudar, passa longe de ser um nerd ou um geek. Assim como tem vários fanáticos por estudar que quem olha jamais diria isso, pois não usam óculos e tem o corpo todo trabalhado na academia.

As meninas que usam óculos são as que mais sofrem. Quem nunca viu em um filme a cena da guria feia usando óculos que toma um banho de loja, troca os óculos pelas lentes e fica linda. Ou melhor tira os óculos e pronto. Ela ficou linda e com a visão ótima.

Usar óculos não tira o estilo e/ou a beleza de ninguém, nem dá status. Dar as costas para este estereótipo é uma forma de acabar com ele. Nenhuma pessoa é mais isso ou aquilo por causa do óculos que usa, do estilo de roupa ou da cor do cabelo. Somos muito mais complexos que objetos e adornos, e é nisto que está a graça toda.

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Leia as demais crônicas da série Em Qualquer Rua clicando aqui.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A previsão do tempo para o findi em Porto Alegre

O inverno e a primavera em Porto Alegre (assim como todo o Estado) tem sido de chuva. Principalmente nos feriados. Hoje, 6 de novembro, depois de uma semana inteira de chuva e tempo nublado revisão do tempo foi a seguinte (veja nas imagens a reação dos porto-alegrenses:

Sábado de Sol entre nuvens na Capital dos Gaúchos



Mas no Domingo a chuva retorna


sábado, 31 de outubro de 2015

#QLQRUA: Um olhar no espelho

Imagem: arquivo Vidanet
Um olhar no espelho e Seu Walcir tenta se reconhecer, sente medo de morrer, não pela morte em si, mas pelo fato de deixar abandonada a família. É casado, tem três filhos. O rapaz de 30 é pai de Valentina, de 4 anos, a única menina da família. O de 23 anos irá se formar no ano que vem na faculdade. O de 13 anos, bom esse ai, é o mimo de todos. Ainda tem a nora de 28 anos, que fez questão de morar perto dos sogros, que considera como seus pais. Tão perto que mora na casa ao lado. Nos fundos do terreno do Seu Walcir tem um imóvel, será a casa do filho do meio. O mais moço e a neta também terão seus espaços ali pertinho quando crescerem.

Ainda em frente ao espelho ele pensa na família, quando partir quem cuidará da sua amada, dos filhos, da filha postiça e da neta?

Ver o seu reflexo é algo que o senhor de 58 anos tem evitado fazer há cerca de dois anos. Quando descobriu um caroço no peito, no seio esquerdo. Na época não imaginou que seria grave, porém ao visitar o médico recebeu a notícia de que se tratava de um câncer de mama, no mesmo tipo agressivo que lhe levou a mãe prematuramente aos 35 anos. Foi um choque. Logo após a descoberta ele recebeu todo o tratamento, por ter sido cedo os riscos de cura eram altos. Infelizmente o tratamento não impediu que ele perdesse a mama. Em uma cirurgia ele teve o tumor removido, assim como toda a mama e o mamilo.

As quimioterapias lhe levou os poucos fios de cabelo, alguns das sobrancelhas, e alguns cílios. Alguns quilos também. Não estava sendo fácil, mas ele não perdia a piada, o sorriso. Só até a tirada do curativo, colocado após a cirurgia. Quando isso foi feito, Seu Walcir foi ao banheiro sozinho, fechou a porta e lá encarando o espalho viu pela primeira vez o peito, de cabelos brancos, com uma cicatriz, com um lado mais baixo, sem o mamilo. Para ele aquela cena era horrível, aonde existia uma cicatriz, o homem via um buraco gigantesco. Um buraco que lhe cortava o peito. Chorou, em silêncio, sentado ao chão.

Ficou triste, não tira a camisa por nada, nem nos dias mais quentes. Não foi mais a praia nem no clube.

Encontrou força e um pouco mais de vaidade após começar a participar de um grupo no hospital. Lá mulheres que haviam sofrido o mesmo que ele se reuniam para compartilhar histórias, experiências, angústias e alegrias. Walcir era o único homem do grupo, todavia, sabia bem o que aquelas amigas sentiam.

Mesmo com a mama bem menor que uma mulher, mesmo com uma vaidade diferente, a perda do peito foi algo significativo para aquele homem. Perder uma mama ou as duas é algo terrível para as pessoas. Não tê-las não é algo natural, quem as perde acaba também perdendo um pouco da beleza do corpo. Mas Walcir, assim como as amigas ganhou uma prótese mamária e a reconstituição de mamilo.

Claro que perder a mama foi ruim, todavia ter encontrado o tumor cedo foi a melhor coisa a ser feita. Com o tratamento rápido, e após a cirurgia a doença sumiu. Tal como dizem os especialistas, quanto antes se descobrir o câncer maiores são as chances de cura.

No caso das mamas o exame de toque mensal (autoexame) é uma forma de encontrar um nódulo, e procurar ajuda quando perceber algo diferente. Lembrando que mulheres com idades a partir de 40 anos devem fazer também a mamografia. O câncer de mama masculino é raro, atinge menos de 10% dos casos, mesmo assim, homens e mulheres devem cuidar com carinho desta parte do corpo.

Voltando ao Seu Walcir, ele continua lá na frente do espelho, só que agora de olhos fechados. Tira a camiseta, abre apenas um olho, espia a imagem refletida, com um sorriso abre os dois olhos, analisa bem a imagem, toca o peito e solta: _Ficou perfeito!

Rindo sai do quarto e corre mostrar para a família o peito, assim fez a Dona Margaria, amiga de grupo, que após ver que os seis voltaram a serem lindos mostrou a todos.

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Essa é uma história real, apenas foi modificado o nome do personagem. Leia mais crônicas da série Em Qualquer Rua aqui! E não esqueça de seguir a página da série no Facebook clique acesse :)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Marcador de página Em Qualquer Rua: O Feijão

Neste Dia Nacional do Livro resolvi transformar uma das crônicas da série Em Qualquer Rua  em marcador de página. O texto escolhido é um fofinho e sobre um dos alimentos preferidos dos brasileiros (aqui em casa nem se fala): O Feijão.

Baixe, imprima e use =D


terça-feira, 27 de outubro de 2015

sábado, 24 de outubro de 2015

#QLQRUA: Borboletas no estômago

Borboletas
Na frente do espelho o jovem ator respira profundamente, a ansiedade acompanha as pinceladas que ele dá com a maquiagem branca no rosto. Já as borboletas no estômago, essas batem suas asas em um ritmo frenético.

Ele se olha e se questiona: _Será que a maquiagem está boa, será que esta do jeito correto? Será que o público irá gostar?

Quem olhava aquela cena mal imaginaria o tumulto de ideias que passava na cabeça dele, afinal, apesar de ter 20 anos, ele era conhecido nos palcos. Mas a maldita ansiedade da estreia era a companhia do ator naquele momento.

Respirava ainda mais fundo, tentava relembrar o texto, passava-o todo na cabeça, imagina perder o fio da meada. Não seria para ele um problema, sabe improvisar, mas será que o resto de elenco saberia acompanhá-lo? Para não arriscar era melhor se manter assim, com todas as falas na ponta da língua.

De acordo com os atores mais experientes essas borboletas são comuns em todos os atores, nas estreias das peças teatrais, do cinema, da novela, do seriado. O jovem sabia disso, mas bem que ele queria tranquilizar aquelas batedoras de asas.

A estreia é sempre um momento importante na vida de todos nós, não é só pelo início de uma nova história, isso porque quando uma nova rotina é criada gera novas expectativas, algumas desnecessárias. Elas geram medo, pois não temos medos apenas de coisas concretas, como bichos, mas também é do desconhecido.

Nem sempre começar algo na vida é uma tarefa fácil, muitas vezes requer perdas, coisas deixadas de lado. Por vezes uma estreia é recomeçar, não sair do zero, mas transformar a história que está sendo construída.

O medo do jovem ator é compartilhado por todos nós, todos conhecemos bem, contudo, do jovem as borboletas se acalmarão quando ele pisar no palco, e irão embora quando as palmas para ele e todo o elenco encerrarem o espetáculo. Para todos nós, elas nos deixam aos pouquinhos e quando percebemos as borboletas já foram embora e as nossas barrigas livres de suas asas frenéticas.

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Leia as demais crônicas da série Em Qualquer Rua aqui.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O mistério é o ingrediente principal da história

Sin Corazón - Livro 4 - O protetorado da sombrinha
Se alguém quiser muito movimento no quarto livro da série "O protetorado da sombrinha" peço para que vá com calma. A história é muito mais envolvente e com um bom ar de mistério do que as anteriores. Alexia já está num alto estágio de gestação, Lord Malcon está cada vez mais carinhoso. A nossa guerreira paparicada de todos os lados, mas ela não para e nem quer.

A rainha pode ser morta a qualquer momento e Alexia está disposta a evitar que isso ocorra, e para tanto não poupará esforços. Sua investigação lhe colocará em perigo, porque ela não mexerá apenas com detalhes do presente, e sim do passado. Um passado que muitos querem deixar escondido, quieto.

Além da investigação outros detalhes surgiram e personagens que acreditávamos serem apenas tolos e inocentes mostram uma outra face, mais perigosa e mais inteligente.

Enfim, Sin Corazón (Sem Coração) é uma história que envolve um bom suspense e uma boa dose de aventura e perigo.

sábado, 17 de outubro de 2015

Dos Quadrinhos à Vida Real: Mônica e a turma ganham novos cenários com as fotos de Sabrina Rodrigues

Foto: Dos Quadrinhos à Vida Real
Com pouco mais de um ano a página Dos Quadrinhos à Vida Real tem conquistado milhares de fãs. No momento em que escrevo esta matéria ela já possuí 4.678 seguidores. O sucesso não é a toa. De maneira criativa Sabrina Rodrigues alimenta a página com fotos que mesclam a magia dos desenhos com cenários reais. Os personagens são os mais amados no País, e talvez no mundo, a Turma da Mônica. Conversei com Sabrina, que nos falou um pouco sobre o trabalho que vem desenvolvendo, do sonho de conhecer Maurício de Sousa, e da recepção bacana que o trabalho vem recebendo, inclusive das filhas do autor Mônica e Magali.

Sabrina/Foto: Dos Quadrinhos à Vida Real
Sabrina é de Campinas (SP), e se define como uma sonhadora de 25 anos, apaixonada por fotografia e por gibis. A ideia de levar a Turma da Mônica veio de uma forma bastante peculiar. "Foi tudo muito simples, em um belo dia lá estava eu lendo um gibi do Chico Bento enquanto comia uma goiaba, rs, (coincidência não?). Até que em um dos quadrinho, tinha o personagem Zé Lelé pendurado em uma árvore, aí pensei, e se eu recortasse e pendurasse no pé de goiaba do quintal e fotografasse? Fiz, postei em um  grupo de fotografia e a galéra amou, pediram mais e nunca mais parei", lembrou.

O Zé Lelé na goiabeira foi a origem/ Foto: Dos Quadrinhos à Vida Real

Grande parte dos cenários usados nas fotografias são em ambientes naturais. De acordo com a fotografa isso ocorre em razão dos cenários apresentados nas histórias, no qual ela tenta manter no real o mais similar possível.

Para compor as imagens Sabrina utiliza uma série de técnicas fotografias, pois assim ela consegue mostrar no resultado final aquilo que visualizou. Já sobre as dificuldades que surgem ao longo do trabalho, a fotógrafa explicou: "com certeza a maior dificuldade está na hora de fazer a foto, como sempre faço ao ar livre, deixar os personagens do jeito que tem que ficar é bem complicado".

Grande parte das fotografias são da Turma da Mônica, e a escolha por estes personagens foi algo motivado pela paixão. Sabrina contou que os gibis da turminha são seus preferidos, e foi com eles que ela aprendeu a ler. Perguntada se pensa em fazer montagens com outros personagens do Maurício de Sousa ou de outros ela respondeu que "já cheguei á fazer com outros personagens, como a Mafalda, Zé Carioca e outros,  mas me identifico mais com os personagens do Maurício.
Sempre faço mais da Mônica e sua turminha, mas faço também do Chico Bento, Horácio, Turma da Mata e Turma do Penadinho".

Foto: Dos Quadrinhos à Vida Real
Mesmo sendo fã, Sabrina ainda não conhece o quadrinista Maurício de Sousa, mas isso é um sonho que ela quer realizar.

Sabrina disse que não planeja nada especial para a página Dos Quadrinhos à Vida Real para 2016. No entanto, planeja continuar com a página a todo vapor. A fotógrafa acredita que quando o trabalho é feito com carinho coisas vão acontecendo conforme os dias, as ocasiões.

Mesmo com as dificuldades que surgem ao longo do processo, Sabrina é enfática ao falar que a recompensa vem quando as pessoas entram em contato com ela e relatam que a página as fazem voltar no tempo, que cresceram lendo os quadrinhos da Turma da Mônica. "É gratificante saber que as pessoas gostam, comentam e mandam recadinho. Faço tudo com muito amor. Quando criei a página, não sabia que as pessoas iriam gostar tanto, inclusive a própria Mônica e Magali, filhas do Maurício de Sousa, que sempre estão curtindo e compartilhando. Então, caramba, é mais do que eu poderia imaginar, sem palavras. Só tenho à agradecer o carinho de todos", comemorou.




#QLQRUA: Saudades

Foto: Banco de Imagens
Saudade é o tipo de coisa ingrata, algo que por vezes seria desnecessária existir. Maldita saudade, por que será ela faz doer tanto. Dói o coração, o estômago, os olhos, o corpo todo, a alma. O dia pode estar lindo lá fora. Pode ter um belo Sol decorando o céu, depois de tanta e tanta chuva, mas mesmo a cor azul não consegue cativar de forma extrema, apenas deixa o momento triste mais suave.

A saudade de quem já não está entre nós é a pior. Pensar no dia da despedida. Do tchau que nunca houve. Dos abraços que foram, dos que nunca serão dados. Do "te amo" que nunca será ouvido, dos beijos que não serão estalados...

Tem gente que quando sente saudades chora, têm pessoas em que queriam chorar, porém o máximo que conseguem é uma bola trancada na garganta. Respirar se torna tão difícil, suspirar acaba sendo uma realidade pausada.

Sempre haverá alguém que diz que o tempo fará a saudade irá aos poucos embora. Mentira, ela sempre estará lá, como um machucado incurável. A diferença é que haverá dias em que a ferida vai latejar menos, já em outros muito mais.

A saudade nunca nos deixará, pois assim é vida. O que resta quando ela vem mais forte é buscar nas coisas simples, nas pessoas que amamos, nos abraços quentes, no suco de laranja, no café ou no chocolate uns momentos de prazer, pois assim suportar a dor fica mais fácil e mais leve. Quando ela dói pouquinho, coisa que é quase diária, a vida segue, com os toques da alegria, da rotina, do calor, da pressa. Viver é isso, buscar a felicidade mesmo com todos os buraquinhos da alma.

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Chegando perto do objetivo. Essa crônica de número 63, da série Em Qualquer Rua. #RumoA70Crônicas

sábado, 10 de outubro de 2015

#QLQRUA: Com passos de diva e com a certeza de que amor não mata

Imagem: Bridal Perfume
Um coração partido sempre deixa o dono triste, mas ela não queria mais sentir aquilo, aquela angustia era muito ruim. Quem ele achava que era para tratá-la daquele jeito? Sem paciência para o chororo, decidiu menos de 12 horas depois de acabar o relacionamento sério de uma semana que não iria mais ficar na fossa, mesmo que o amor da sua vida tivesse batido as asas e voado para longe dela.

Levantou da cama, enxugou as lágrimas, ligou o rádio, de short e camiseta de mangas longas, peças do pijama branco de desenhos coloridos, passou a dançar num misto de liberdade, passos esquisitos e uma doce sensualidade. Cantarolando a canção de ritmo alegre, foi ao roupeiro escolheu uma camisa verde, pegou as calças jeans justas e que tem efeito levanta bumbum, abriu a gaveta e pegou o sutiã colorido e uma calcinha que não marca a roupa, passou a mão na toalha de banho e foi para o banheiro sem perder o ritmo da música que tocava.

Em baixo do chuveiro teve uma crise de choro, acompanhada de uma crise de riso. Decidiu que enfrentaria aquela dor, até porque chorar enruga a pele (nota desta autora: chorar incha o nariz). Tomou um banho morno, o banheiro virou sauna. O cheiro daquele ambiente era o mais agradável possível. Sair dali era um suplício, de tão gostoso que estava.

Vestida, saiu do banheiro em busca de um par de sapatos, pensou melhor, pegou o tênis. Voltou para o quarto esticou o lençol e pôs a colcha. Sentou na penteadeira, se olho novamente no espelho, na sua mente passava a seguinte frase "sou bonita, inteligente, se ele não quis, problema dele, eu supero". Tal pensamento passou quando no rádio tocou uma playlist especial, sendo que parecia que as músicas haviam sido escolhidas a dedo para ela. Ali sentada, com direito a balançadas de cabelo e dancinhas de ombro, ela passou o corretivo para tapar as olheiras, pó para tirar um pouco da oleosidade da pele, um blush para dar uma corzinha as bochechas.

Nos lábios o batom vermelho. Penteou os cabelos, deixou-os soltos. Pegou o seu perfume predileto, aquele que quando usa arranca suspiros. Passou no pescoço, na nuca, entre os seios, nos pulsos. Sentiu o seu perfume.

Pronta, levantou, abriu as janelas, desligou o rádio, pegou os fones, ligou o rádio do celular, botou os óculos escuros, passou a mão na chave e saiu.

Na rua, saiu com atitude, jeito de quem está no comando, atraiu olhares de homens e mulheres, sedutora sem ser. Saiu por aí, com passos de diva, tentando mostrar ao mundo que ela era especial, e a dor do amor, pode até doer, mas não mata e passa.

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São 62 crônicas da série Em qualquer rua e todas podem ser lidas aqui. #RumoA70Crônicas

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Croasonho entra nos festejos pré Teleton 2015 com o Dia do Bem

Divulgação
A rede Croasonho, especializada em croissants doces e salgados, entra nos festejos pré Teleton com o Dia do Bem Croasonho, que será realizado no sábado, dia 17 de outubro. Parte da renda obtida com a venda de um croasonho médio (qualquer sabor) acompanhado de uma bebida (suco de uva Perini, refrigerante, água mineral ou suco) será destinada ao Projeto Teleton.

Este é o terceiro ano que a Croasonho realiza essa ação, em conjunto da Vinícola Perini, que fornece o suco de uva. A ação ocorrerá nas 68 lojas da rede, que estão espalhadas por 14 estados brasileiros.

O Teleton é um projeto da AACD (Assistência à Criança Deficiente) e tem o apoio de diversas empresas, entre elas o canal SBT, que desde 1998, transmite uma série de shows durante dois dias, para a arrecadação de verba para a manutenção e abertura de unidades. Atualmente a AACD é referencia no tratamento de crianças e adultos que possuem algum tipo de deficiência motora.

No ano passado juntando as ações das empresas apoiadoras e a doação dos telespectadores, o Teleton arrecadou R$30.021.070,00, superando a meta de R$ 26 milhões. Neste ano o objetivo será o mesmo, e o dinheiro, tal como em 2014, será usado para a manutenção dos centros de reabilitação e o hospital da AACD.

O Teleton 2015, que está na 18ª edição, será nos dias 23 e 24 de outubro, no SBT.

Serviço:

O quê: “Dia do Bem Croasonho 2015”
Quando: 17 de outubro
Onde:  em todas as unidades Croasonho no Brasil
Horário: durante todo o horário de funcionamento das unidades

*Essa notícia teve a colaboração de Antônia Futuro, da Retorno Comunicação Estratégica.

sábado, 3 de outubro de 2015

#QLQRUA: A rua da Paixão

Imagem: banco de imagens
A rua da Paixão tem um nome bem poético, fica em uma cidade qualquer, num bairro qualquer. A denominação foi escolhido pela falta de criatividade dos moradores e pela falta de pessoas importantes historicamente, naquele local não havia nascido ninguém importante. Foi chamada de Paixão e assim ficou.

A rua da Paixão no passado era composta de malocas de papel e barro, nelas habitavam famílias enormes, algumas chegavam a ter entre 10 a 20 crianças, irmãos, primos e achegados. Com o avançar dos anos as malocas deram lugar a singelas casas de madeira, as famílias diminuíram, a miséria deu lugar a pobreza. Era um lugar de muito trabalho, feio, mas de muita alegria. Os vizinhos aos finais de tarde, no verão, iam para as calçadas conversar enquanto bebiam algo e comiam petiscos, enquanto as crianças brincavam para aproveitar as férias. Na rua apenas uma casa tinha televisão e todos a noite se reuniam na varanda para assistir aos programas musicais.

A vida não parou e assim a rua da Paixão também teve o seu estilo alterado. As casas de madeira seguem ali, outras são feitas de tijolo, porém nunca receberam reboco, outras estão acabadas, são simples, mas bonitinhas. A rua segue de chão batido, levantando poeira a cada ventania. A pobreza segue.

A rua da Paixão hoje tem moradores solitários, famílias enormes, famílias pequenas. Tem bacharéis, teve moradores que partiram e outros novos. Não tem mais a alegria de outrora, vive triste e amarronzada. Se antes era reduto da tranquilidade e da parceria entre vizinhos, hoje é local do medo, da insegurança. O tráfico tomou conta, as paredes das casas e dos muros tem marcas de balas. Os traficantes expulsaram alguns moradores, a polícia, o poder publico e todo o resto esqueceram da rua da Paixão.

Se antes as crianças aproveitam as noites de verão para brincar, atualmente são elas os mais frágeis neste esquecimento. Há algumas semanas atrás um menino de 12 anos morreu, com um tiro na cabeça, sabia de mais. Ele foi apenas mais um que perdeu a vida e entrou na estatística triste da velha e esquecida rua da Paixão.

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Leia mais crônicas da série em Qualquer Rua aqui.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Um passo para a paz?

A bandeira foi hasteada juntamente com a do Vaticano - Foto: Mark Garten
Será um passo para a paz? Talvez não. A questão Israel e Palestina é muito antiga, cheia de subjetivismos, que aqui faltará espaço para explicar. Mas um passo para o reconhecimento do Estado Palestino, esse sim, foi dado. Nessa tarde desta quarta-feira, 30 de setembro, pela primeira vez a bandeira da Palestina foi hasteada na sede geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA), e lá no alto ficou tremulando junto com os pavilhões de outros países.

Eram por volta das 14h15, pelo horário de Brasília (13h15 hora local) que em uma pequena cerimônia de 15 minutos que a bandeira palestina foi hasteada, o evento aconteceu em meio a Assembleia Geral e contou com a presença de Mahumd Abbas, presidente palestino, e do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Mon.

Durante a cerimônia - Foto: Mark Garten
Uma multidão estava presente tanto no local, tanto na Palestina, assistindo pela televisão. Em discurso, Abbas ressaltou: "neste momento histórico, digo ao meu povo em todo lugar: hasteie a bandeira dos palestinos muito alto porque ela é o símbolo da nossa identidade. É um dia de orgulho".


A decisão de hastear a bandeira da Palestina foi tomada recentemente

A bandeira palestina - Foto: AP
No dia 10 de setembro a Assembleia Geral aprovou uma resolução para permitir que a bandeira da Palestina e do Vaticano (ambos com status de observadores) fossem hasteadas junto aos demais pavilhões dos países membros.

A resolução teve o apoio de 119 países, 45 abstenções e oito votos contra, sendo estes de Israel, Estados Unidos e Austrália.

#Notícias

domingo, 27 de setembro de 2015

Todo mundo precisa desligar por alguns dias


Curtindo de boa na lagoa
Todo mundo precisa desligar por alguns dias. Parar com tudo,sabe?! Este ano não parei quieta, na verdade desde dezembro passado. Até este sábado a tarde, 26 de setembro, consegui tirar apenas três dias de folga no Carnaval. Ao longo de 2015 foram um bocado atividades...

Em 10 meses fiz um freela em loja, freela para um site de franquias, freela por fora como assessoria, dedicação ao 2 Minutos. Tive ainda o prazer de produzir e ser a apresentadora do boletim Estação do Pan, duas vezes por dia, na Rádio Estação. Mantive as atualizações das crônicas da série Em qualquer Rua, fiz dois cursos: em Comentário Esportivo e em Jornalismo de Dados.

Nestas últimas semanas além do trabalho, do fim do curso, dos blogs, estudei muito para uma prova. Muito mesmo. Para ajudar fiquei doente, na verdade foram as irmãs siamesas rinite e asma, acompanhadas de um resfriado me maltrataram um pouquinho, ainda descobri que não teria mais clientes, e assim fiquei sem dinheirinhos. Sério, cansei.

Preciso de uns dias para desacelerar, apertar o freio sabe, por isso este sábado nada de inédito na série Em qualquer Rua. Vou ficar assim, meio deitadona, curtindo uma tv, jogando uns games, lendo um livro, ou tipo isso. Mas no sábado que vem trago novas crônicas. Estes três dias, que me dei de folga, recolarão minhas energias em ordem e voltarei a todo o vapor. Afinal, não consigo ficar muito tempo longe de uma agitação. ;)

sábado, 19 de setembro de 2015

#QLQRUA: Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite

Tina, personagem de Maurício de Sousa./ Imagem: reprodução
Como diria a música: "Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite", o que talvez o autor da canção, Lulu Santos, não esperava é que muitas pessoas querem neste dia apenas o silêncio.

Sim, o silêncio. Sem a agitação dos dias da semana, em que a rotina faz boa parte das pessoas irem para suas camas mais cedo, a noite de sábado é mais longa, vai madrugada a dentro. Não há, muitas vezes, a obrigatoriedade de acordar cedo, afinal é domingo. Logo, o sábado vira dia e noite de estudo.

Quem tem uma importante prova para fazer, quer por as leituras em dia, quer se atualizar, precisa se atualizar, e no caso dos professores corrigir os trabalhos e provas e colocar em ordem o caderno de chamada, o sábado acaba sendo um privilégio. Principalmente se acompanhado de uma temperatura baixa e chuva.

Quando todos da casa vão dormir ou saem de casa para alguma festa, baile ou bar, os cadernos, livros (impressos ou eletrônicos) viram companhia, assim como uma xícara de chá, café ou chocolate quente. Uma manta para tapar as pernas, um bom local para encostar as costas é tudo que uma pessoa neste perfil estudante precisa.

Todo mundo que necessita ler e estudar espera alguma coisa de um sábado a noite. Espera conseguir adquirir mais conhecimento, quer o silêncio, e uma boa dose de atenção.

Se o sábado a noite traz esse conforto, tão necessário, esperasse que o domingo também tenha algum tempinho disponível para continuar as tarefas. Já que segunda-feira toda a rotina seguirá e o tempo para dedicar a atenção aos estudos diminui.

Que os sábados a noite sejam muito bem aproveitados por quem precisa estudar. Que quando as altas temperaturas chegarem , algumas destas noites mais longas possam ser também usufruídas não apenas nas companhias dos livros, mas também da família, dos amigos, e quem sabe de uma cerveja bem gelada.

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Confira outras crônicas da série Em Qualquer Rua clicando aqui.

*editada às 21h53

domingo, 13 de setembro de 2015

#QLQRUA: Mudar é para quem tem coragem

A artesã trabalhava com lãs e linhas/ Foto: Mira Imagens
A artesã cheia de orgulho conta da sua nova trajetória de vida, logo após entrar no ônibus e sentar. Fala ao estranho a sua nova vida e como a mudança está sendo benéfica.

A senhora de rosto redondo, bochechas rodadas, maquiagem bem feita, nem gorda nem magra, mas com barriga, herança de duas gestações, seios fartos, portadora de um óculos discreto,blusa florida, calça jeans e sapatilha azul, aparentava ter pouco mais de 50 anos, demostrava simpatia e boa de papo. Empolgada, sim, dava para perceber, antes mesmo de abrir a boca, simplesmente por sorrir, mesmo em silêncio na fila para pegar o coletivo.

A mulher estava animada, depois de passar a vida inteira no interior ela veio morar em Porto Alegre. Era orgulho morar na Capital, mais ainda, ter toda a família aqui.

A artesã veio para a cidade acompanhar a filha. Só que a história é bem mais longa. Primeiro veio o filho prestar vestibular para direito, não passou, voltou para casa e tentou uma faculdade da região. Passou. A filha tentou arquitetura na mesma universidade do irmão por duas vezes e não passou. Tentou aqui e foi aprovada. Feliz da vida a menina veio de mala e cuia para a cidade, contudo, ela não imaginava que a adaptação seria tão difícil. Não curtiu morar em república, nem uma amiga de confiança para dividir um apartamento, morar sozinha tentou, sofreu com a solidão. Decidiu que iria largar tudo e voltar para a casa, sabia que ainda não era madura o suficiente para sair de baixo da asa da mãe e do pai. Sentia vergonha, pois ela conhecia um monte de meninas de 19 anos que já tinham casa, algumas além de casadas tinham filhos.

A mãe não deixou, resolveu se mudar para Porto Alegre, porém, não completamente, como o marido havia ficado para acompanhar o filho, eles trocavam. Ela ficava uns dias por aqui, depois vinha ele.

O que eles não imaginavam era que o rapaz, prestes a completar 22 anos, em uma das visitas a irmã fez vestibular e passou. Logo, se mudou também para Porto Alegre, como também odiava ficar sozinho foi morar com a irmã. Levou a mala, pois a cuia já estava na casa da garota.

Só que a artesã nem cogitou ficar longe dos filhos. Duas semanas depois, ela também foi embora, com a recusa do marido ameaçou a separação. Topava ficar sem marido, mas não longe dos filhotes, além disso, sabia bem que ele não aguentaria muito no interior. Dito e feito. Não deu uma semana e a família estava completa, sim, até o cachorro e o papagaio, em um apartamento quarto e sala. Só que naquela momento havia mais uma pecinha compondo o grupo, um peixinho beta.

Foi necessário procurar uma casa maior. Na pressa foi um apartamento mesmo. Em menos de um mês, casa nova, casa velha alugada, dois filhos acadêmicos, noites de sábado com os novos e velhos amigos do pai, viola que tocava, churrasco. O pai era aposentado e aproveitava as horas vagas para realizar trabalho voluntário. Já a mulher passou a dar aulas em uma loja de artigos para artesanatos, era a primeira vez que ela ensinava outras pessoas a fazer a sua arte. Isso foi algo que acrescentou a ela.

Feliz, sim, porque mudar é bom. Mesmo que dê medo. Claro que a artesã sentiu medo de mudar radicalmente de vida. Hoje mora com um apartamento de três quartos, um banheiro, uma sala, uma cozinha e uma varanda. Uma cidade agitada, caótica muitas vezes. Antes era uma casa grande, quatro quartos, dois banheiros, sala de jantar, de visitas, cozinha ampla, pátio. Silêncio, um município tranquilo. Claro que teve medo do marido deixá-la. Só que a mulher sabia o quanto era importante acompanhar os filhos naquele momento, sabia o quanto era preciso avançar. Ela sentiu medo, mesmo assim foi em frente, queria lutar por uma outra vida, estava cansada, queria viver e escrever outra história. E assim fez, não foi só a vida da família que mudou, do casal também. Descobriram que apesar dos anos de casamento, da juventude que se foi o que um sentia pelo outro não havia mudado. O desejo não havia acabado, estava adormecido, com tantas mudanças acordou.

Dar um novo rumo a vida é para todos que querem. Não tem idade, sair do lugar e possível a todos. Mudar a vida não é para quem é jovem, é somente para quem tem coragem de viver.

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Ops... madrugada de domingo. Neste final de semana fui agraciada pela visita de uma crise de rinite feroz que me deixou de cama. Além disso, a ideia era publicar no sábado a noite, mas a internet caiu diversas vezes e nada de voltar, obrigada OI!

Leia mais crônicas da série Em Qualquer Rua aqui.