quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Nina teve filhote: o bebê número um

Foto tirada hoje. Sim, difícil pegar ele acordado./ Foto arquivo pessoal
Lembra que eu postei que a Nina tinha posto cinco ovos (leia aqui)? Então, no dia 3 de dezembro (quase 4 porque ele nasceu às 23h30) nasceu um dos filhotes, apelidado de bebê número 1, visto que ainda não sabemos o sexo.  Pois bem, os outros ovos não chocaram, não por falta da mãe, pois ela cuidou bem de todos. 

O bebê cresce a cada dia e hoje já tem o corpo 90% coberto de penas brancas. Ele é bem fofo e gosta de passear, além de dormir. Nossa intenção é domesticá-lo para deixar mais solto pela casa e quem sabe pelo pátio. As minhas cachorras Bolinha e Loba estão aceitando ele super bem. A Loba tem certo receio, mas a Bolinha chega pertinho e o cheira com a pontinha do nariz, desde que estejamos segurando o bichinho. Ela fica nervosa cada vez que o bebê berra por comida, que pegar para ela (a Bolinha tem vontade de ter um animalzinho de estimação, ela cree que pode ter um). 

É um desafio ter um filhote tão delicado. A Nina e o Bobi são pais de primeira viagem e às vezes machucavam o pequeno e temos que socorrer o filhote. Em blogs especializados e também de acordo com  o veterinário esse é um comportamento normal.

Eu confesso que estou babando, hehehehehehe. Na verdade todos daqui de casa. Ele é chamado de bebê, já que ainda não sabemos se é macho ou fêmea.
No dia do nascimento. Foto: arquivo pessoal
Literalmente em baixo da asa. Foto: arquivo pessoal
Com duas semanas era fã da almofadinha. Foto: arquivo pessoal

Vergonha ou soninho? Foto: Arquivo pessoal

sábado, 23 de novembro de 2013

Nina vai ter filhotes

Nina, minha periquita, vai ter filhotes, é o que esperamos. Há uma semana atrás ela colocou o primeiro ovinho e até agora já somam o total de cinco. Ela não quis o ninho e fez de cama um espacinho no chão da gaiola. Passa o maior tempo chocando e cuidando com carinho daqueles ovinhos miúdos e branquinhos.

Preferiu juntar sujeirinhas e fazer o ninho ali.
Não é a primeira vez que a Nina pões ovos, isso já aconteceu outras três ou quatro vezes, mas todos goraram. Certamente isso aconteceu porque ela havia cruzado com o Zezinho, um periquitinho velhinho que nós tínhamos. Depois que ele morreu, meu irmão comprou o Bobi, um jovem passarinho azul (igual a Nina), que logo que chegou se encantou com as habitantes da gaiola.

O Bobi é um bom pai, porém não leva muito jeito. Na gaiola está a vovó Florzinha (ela é amarelinha) que já ameaçou chegar perto dos ovos algumas vezes. Ele não defende os "babies" apenas grita e bate as asas apavoradamente, isso para chamar a nossa atenção. Esse escândalo todo é um pedido de socorro em periquites, eu acho.

Tímido, tirar foto dele é o maior sacrifício 
Estou ansiosa para ver os pequenos nascerem, e também na expectativa de que desta vez vai dar certo, pois agora o parceiro da minha pequena gritona (eu costumo chamá-la assim, pois ela berra muito) e jovem como ela. Eles são pais cuidadosos com os ovos e pelo que vi serão com as avezinhas.  Agora é esperar mais 18 dias.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

QLQRUA: Uma bonequinha de chocolate

Inquieta encantou muita gente./ Foto: internet

Ela mais parecia uma boneca chuquinha (aquelas que toda menina tinha na década de 1980 e 1990), só que feita com massa de bombom. Tinha olhos brilhantes, um nariz pequeno assim como suas orelhinhas. Os cabelos cacheados batiam no ombro, e o vestido curtinho mal tapava o seu bumbum. Em baixo do vestido lilás com poa branco, um shortinho rosa pink. Cores, geralmente, preferidas por meninas de 6 anos, idade que provavelmente tinha.

Tagarela como só, não deixou a vó nem um pouco quieta. A coitada mal podia cuidar se o ônibus que esperavam já estava perto de chegar. A cada minuto tinha um assunto diferente e entre eles soltava um "vó, vó, vó sabia que". A mulher olhava para a pequena e sorria e escutava, nem sempre atentamente, e quase sempre respondia os questionamentos da neta.

A guriazinha, pelo jeito, tinha ficado sem assunto. Mas não se calou. Ficou a cantar baixinho uma música em uma língua que certamente só ela entendia, e dançava com toda a ingenuidade e beleza infantil.

Eis que ficou com sede e pegou das mãos da vó uma garrafa de água mineral. Tomou um gole e fechou, acidentalmente esmagou a garrafa. Achou divertido! Amassou toda a pet e achou que tomar água com ela toda torta era divertido.

Quando o ônibus chegou, nem percebeu. Ganhou no susto um colo da avó e entrou no coletivo. Descobriu em meio a ansiedade uma nova maneira de tomar água, em meio aos adultos não se importou em dançar. Mostrou para muitos adultos daquele lugar o quão é divertido ser criança, e encantou muitos.


Leia mais alguns contos/crônicas (ou qualquer coisa do tipo) da série Em qualquer rua.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O dia que a política do Brasil avançou um pouquinho

Texto que escrevi no meu mural no Facebook sobre a prisão dos Mensaleiros. Resolvi compartilhar aqui também, pois este é um grande momento para a história política do País.

"Nunca antes na história desta república vi cena ou estudei algo como esta. Estudei Monarquia, República Velha, Estado Novo, República, Ditadura Militar e a volta da República Democrática. Vivi a queda de um presidente eleito, mas eu era muito pequena e quase não lembro. Mas hoje foi histórico: a prisão dos mensaleiros. Um pequeno avanço para a humanidade mundial, um passo gigantesco para a história social do Brasil."

http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2013/11/condenados-no-mensalao-se-entregam-policia-federal.html

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,stf-manda-prender-12-condenados-,1097124,0.htm

http://www1.folha.uol.com.br/especial/2012/ojulgamentodomensalao/

http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=512152

QLQRUA: A dor do filho que perdeu o pai vítima de câncer de próstata



O olhar dele é triste, assim como a face. Pelo semblante mostra que traz consigo uma grande dor. O nome não sei, mas sei o que o deixa com esses olhos sem brilho algum.

Há uns dias atrás ele perdeu o pai vítima de câncer de próstata. O jovem rapaz, 18 anos, perdeu um avó há 10 anos atrás da mesma doença. Perguntei-lhe se ele não tem medo de ser acometido pela doença e me respondeu que sim, que não quer passar pela mesma dor que o pai sentia, porém seu maior medo mesmo é que o irmão, apenas um ano mais moço, sofra com a doença.

De olhos baixos me contou a história. As lagrimas lhes escorrem as bochechas pálidas. "É a pior dor do mundo, essa saudade me maltrata. Ai, se ele tivesse feito o exame não teria morrido, eu acho", confidenciou baixinho (quase um sussurro).

Pelo que foi possível entender o pai descobriu a doença muito tarde e o tratamento não fez efeito. Tinha preconceito. O jovem ainda contou que o pai sofreu muito antes de morrer. Que a morte foi um alívio para o sofrimento causado pelas fortes dores, contudo não é o remédio para dor de quem ficou. De dez palavras ditas pelo menos oito falavam em dor.

As dores deste garoto não são físicas, são da alma. Apenas 18 anos e a experiência da perda de duas pessoas que amava muito. O avô e o pai vítimas de câncer de próstata talvez tivessem evitado o sofrimento excessivo de todos com uma atitude simples: a realização do exame de próstata.

O exame que aquele menino tristonho garantiu que fará e obrigará o irmão a fazer. Tudo que ele menos quer é que seus filhos futuros não sintam a saudade agoniante que sente agora. Tudo o que quer agora é afastar o fantasma do preconceito, o mesmo que lhe fez perdeu o seu herói.

Confira as demais crônicas da série Em Qualquer Rua.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

sábado, 26 de outubro de 2013

QLQRUA: Esperança, a menina que quer um emprego e quer virar arquiteta

Esperança tem o sonho de virar arquiteta./Imagem: Photoscape

Ela se chama Esperança Silva Luiz e caminha rápido pelo centro da cidade. Em baixo do braço carrega uma patinha azul com diversos currículos. Tem 20 anos e está desempregada a oito meses. Seu andar é aflito e suas mãos tremem ao entregar os currículos nas lojas que pedem por funcionários. Já não tem mais critérios e aceita quase todo o tipo de trabalho, tem pressa porque tem contas já vencidas.

Engraçado, me diz ela, sentada em uma fila longa de espera. "Ainda não estou na faculdade e assim como tu busco por um emprego. Tu, eu vi, já é formada?", sorrindo me questionou . Apenas me ative a responder um simples pois é, não 'tah' fácil para ninguém, kkkkkk.

Ela prosseguiu "sabe que conseguir emprego é difícil, sou fluente em inglês e esse ano vou tentar o ENEM de novo. Quero um futuro melhor e não filhos, mas parece que é difícil fazer os recrutadores entenderem isso".

A reclamação da menina Esperança é correta, pois eu mesma já senti esse preconceito. Muitos dos contratantes preferem os rapazes solteiros e sem filhos, afinal de contas os que já são pais acabam por ter uma compromisso a mais, no caso das mulheres, o simples fato de ter uma funcionária grávida já conta como gasto extra, gasto que muitos não querem ter. Mesmo que a candidata ao trabalho não tenha o objetivo ter ter filhos, é como se todos esperassem que uma hora ou outra a criatura tenha um rebento. Basta ser mulher para pelo menos uma vez na vida sofrer esse tipo de preconceito.

Esperança é uma menina de estatura mediada, deve ter entorno de 1m60, tem longos cabelos negros e lisos e os olhos verdes escuros. A pele branca tem tons avermelhados, já que o Sol castiga a pele muito clara. Ela veste uma roupa simples, contudo social e os pés calçam sapatilhas pretas.

A garota contou que veio morar em Porto Alegre há pouco mais de um ano. Veio após o pai ser transferido para trabalhar na sucursal da empresa aqui na Capital e vê na cidade uma chance de realizar o sonho de cursar arquitetura. Mora também com a mãe, empregada doméstica, e com um irmão que cursa o 1º ano do ensino médio.

Ela me confidenciou que às vezes sente vontade de jogar tudo para o alto e ir morar com a avó no interior de Minas Gerais, mas não tem coragem porque morreria de tristeza e saudades dos pais.

Já perdeu as contas de quantos currículos já deixou pela cidade e de quantas fichas em agências de emprego já preencheu. Quer estar trabalhando quando entrar na faculdade, largar o emprego só quando conseguir um estágio na área, "lá pelo terceiro semestre", calcula.

Entre seus currículos, dentro da pastinha de elástico, está um livro de Machado de Assis e uma apostila de história. Esperança estuda em um intervalo e outro, durante a sua busca por um espaço no cruel mercado de trabalho.

A jovem me contava que seu nome era na verdade em homenagem a Deusa Romana, Esperança, irmã do Deus Sono quando a chamaram para concorrer a uma vaga. Ela me sorriu, desejou sorte, retribuí com um boa sorte e vai com Deus, ela me manda um amém, com o rosto vermelhinho.

Esperança, uma menina tímida que com força supera a dificuldade, hoje deve estar cansada pelo longo tempo de prova, e ao mesmo tempo se preparando para o segundo dia de ENEM.

Espero que tudo de certo.

Leia as demais crônicas da série Em Qualquer Rua e encontre histórias divertidas, curiosas, alegres e outras nem tão felizes assim. =)


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Miau: a história do gato Pusheen

Quem ainda não conhece o gatinho Pusheen? Ele é aquele gatinho gordo, fofo e cinza dos emoticons do Facebook.

Ele não é apenas uma figurinha, é um personagem de quadrinhos da web que faz grande sucesso e irá virar livro. O gatinho é uma criação de Clare Belton e Andrew Duuf e teve a sua  primeira história publicada em maio de 2010. Não vou escrever mais detalhes porque o achado é do pessoal do Youpix e eu recomendo a leitura do post deles http://youpix.com.br/memepedia/o-gato-do-facechat/.




PS: Não, eu não desisti de escrever as crônicas do Em qualquer rua. Estou apenas um pouquinho enrolada e também coletando histórias. Em breve volto com novidades para a série.  =)

Doce verdade


sábado, 7 de setembro de 2013

QLQRUA: A rua das cachorras

imagem meramente ilustrativa
Era uma rua comum, daquelas sem saída. Com casas pequenas, grandes e sobrados, reformadas há bem pouco tempo, enquanto outras não recebiam uma pintura faziam anos. Algumas tinham pátios grandes, outras não. Cinco tinham garagens, três tinham portões e grades altas. Lá habitavam famílias de pai, mãe e filhos e em outras só mães e os filhos. Podia ser só mais uma rua, mas era conhecida como a rua das cachorras.

Tuca, Bolinha, Florzinha, Preta, Monalisa e Mel eram cadelinhas que moravam naquele lugar, cada uma em um imóvel. Para não dizer que todos os bichos dali eram cães fêmeas havia uma gata, chamada Branca.

Não se sabe ao certo o motivo de todos os bichanos serem meninas, talvez pese o motivo de que cadela não faz xixi em planta (as casas com pátio tinham singelos jardins), em roda de carro, nem no portão. Talvez as fêmeas sejam mais dóceis e fáceis de cuidar. Mas suposições a parte, a supremacia feminina imperava nos animais de estimação da rua.

Elas eram bem agitadas e quase surtavam quando Branca resolvia soltar o seu charme felino ao desfilar pelos muros das habitações. Certa vez foi praticamente impossível dormir. Branca estava no cio e resolver juntar seus futuros namorados nos telhados vizinhos. Obviamente que as cadelas não sossegaram e durante uma madrugada inteira ouviu-se latidos finos, grossos e rouquinhos.

Alguns meses depois, a festinha de Branca resultou uma ninhada fofa de quatro gatinhas e um gatinho. O menininho foi adotado por uma moça de uma cidade vizinha, enquanto as filhotinhas ficaram com a dona da gata mãe que de tão apegada as pequenas não doou nenhuma.

A ruela sem saída, conhecida como rua das cachorras, agora tinha seis cadelas e cinco gatas, confirmando naquele local a supremacia feminina absoluta entre os pets.


Leia as demais crônicas da série Em qualquer rua. Espero que gostem =)

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Nota: essa crônica que mais parece conto é algo que aconteceu mesmo. Tenho a noção que não é um dos melhores textos que já escrevi, mas gosto desta história e acho que ela deveria ser contada. Nesta semana que foi tão maluca e que muita coisa aconteceu de boa e de ruim resolvi colocar nesta série essa história bobinha e alegre. 

sábado, 31 de agosto de 2013

QLQRUA: Quando a fraqueza humana fica evidente

Parte do bairro Sarandi./ Foto:Cristine Rochol-PMPA
Ouvindo a televisão quando alguém (que não conseguir ver) fala ao repórter "só tive tempo de dizer para meu filho 'agara' os 'cachoros' e o vídeo-game e sobe!" Ela, moradora de um sobrado, foi vítima de uma enchente que atingiu 700 casas no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Certamente o local mais seguro para ela, o filho e os cães era a parte superior do imóvel. Muitos não tinham essa estrutura para se proteger da tragédia já anunciada, o rompimento de um dique do Arroio Feijó.

Não preciso imaginar como é a sensação de ter a casa invadida por água, pois já passei por isso. Posso dizer com toda a certeza do mundo que essa é uma das piores sensações que se pode sentir. Quando a água toma conta do teu piso, dos teu móveis e carrega tudo pela frente e nada tu podes fazer para conter é quando a fraqueza humana fica evidente, não há como lutar contra a natureza.

Ver aquilo que tu levou anos para conquistar indo embora ou se acabar dói na alma, porque é como se a tua luta diária fosse destruída. Não a história, já que experiência de vida ninguém nos tira, mas os símbolos dela desaparecem. 

O desespero maior é o de garantir a própria vida, afinal de contas ela é única. Correr e ir para um lugar alto, garantir que os teus também estão a salvos é a preocupação latente. 

Quando a quantidade de água é muita assusta, bate o medo. Mas a tristeza maior só vem quando a água baixa e se pode ver os estragos. O que resta é rezar para fazer um dia de sol, limpar a casa e tentar consertar o que restou. Um dia nunca é igual ao outro e como sempre temos que nos refazer, mesmo que em passos lentos. 

Por mais que eu quisesse descrever o que se sente quando a casa é invadida por uma enchente, isso é impossível, as palavras nem sempre dão suporte aos sentimentos. Principalmente se esse sentimento é um misto de medo e fraqueza. Torço para que esses moradores se recuperem o mais breve possível!

Leia as demais crônicas da série Em Qualquer Rua.






quinta-feira, 29 de agosto de 2013

QLQRUA: Um tapa de luva de boxe na cara da sociedade

Quanta delicadeza do nosso Plenário
Luva de pelica é delicada demais para o tapa que a sociedade brasileira levou na noite de ontem, 28 de agosto. Foi um belo tapa na cara com a luva de boxe, isso sim. E não foi em qualquer rua deste imenso País, foi na nossa Capital Federal. 

A bofetada de luva veio quando a querida Câmara, que em votação secreta, rejeitou o pedido de cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon, de Rondônia. O parlamentar, que está sem partido, é presidiário desde 28 de junho, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ele está cumprindo pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Para que Donadon perdesse o mandato era necessário que houvesse no mínimo 257 votos, contudo só 233 deputados votaram a favor da cassação, enquanto 131 votaram pela manutenção do mandato e 41 se abstiveram. Enquanto Donadon permanece preso quem assume o comando é o seu suplente. Neste período não receberá salário e os demais benefícios que o cargo tem.

É muita humilhação para o povo que em junho saiu as ruas. Fico pensando no como o povo de Rondônia deve estar se sentindo agora, afinal de contas estão sendo representados por um ladrão sem partido (sim, essa frase tem sentido dobrado).

O deputado presidiário durante a sessão reclamou do tratamento e das condições que a prisão tem. Ora bolas, quem mandou ele formar quadrilha? Eu é que não fui. Segue sempre a máxima "toda a ação gera uma consequência", ele que assuma a responsabilidade. E que aproveite, já que continua um nobre deputado federal, para criar um projeto e a defesa do mesmo para a reforma e manutenção das prisões brasileiras.

Mas, mudando um pouco de foco, a vergonha que estou sentindo por esse absurdo parlamentar é imensa, mesmo que eu saiba que a minha deputada tenha votado a favor. Esse mimimi de deputado votar secretamente já deu o que tinha que dar. Vem cá, se eu voto em alguém para me representar por que não tenho o direito de saber em quem e no que ele vota lá na Câmara? Se hoje ele está lá, graças ao meu e ao teu voto, qual o motivo de ser tudo tão escondidinho? Já está mais do que na hora dessa história de voto secreto acabar. 

Ainda temos que ouvir o Presidente do Senado, Renan Calheiros, dizer que a imagem do Poder Legislativo não sai desgastada depois que o Plenário rejeitou a cassação de Donadon. Meu Deus, em que mundo o sr. Calheiros vive? No Brasil é que não é, afinal de contas o imagem do legislativo no país está mais que arranhada e faz tempo. Contudo, Renan salientou que problemas como esse em breve passarão. "Acho que não desgasta a imagem porque precisamos ter respostas prontas, rápidas, célebres, e mais rápida, a mais célebre e mais eficaz resposta é a provação da PEC 18, que não tolera mais que essa situação persista: a compatibilidade da prisão com o exercício do mandato legislativo", disse.

Bom, agora esperemos (mas não muito) as cenas dos próximos capítulos. Sem esquecer que ano que vem tem eleição e o voto é a nossa principal arma.

Leia algumas crônicas da série em Em Qualquer Rua e deixe seus comentários. =) 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

QLQRUA: A menina que sonha em ser enfermeira

A história que poderia ser de muitos. Foto: banco de imagens
Ela, formada em enfermagem, mora em uma rua qualquer do bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Empregada em um escritório, é noiva e sonha em ter a casa própria. Tem a pele escura como a noite e é baixinha. Fala bem e gosta de ler.

Queria mesmo era trabalhar na profissão que escolheu, era atuar em um hospital. Ouviu em seis meses o nada, nem mesmo um não. Tem a esperança machucada, queria uma oportunidade.

Falou abertamente com quem não conhecia, desabafou com quem partilha uma dor similar no ego. Não teve medo de dizer que já não sai mais de casa, pois odeia ser indagada o porquê ainda não está trabalhando. Não tem uma indicação forte e essa é a principal reclamação dela.

É ainda uma menina, 27 anos, mas conhece um pouco do mundo e fica chateada com ele. Confidenciou gosta de saber que  hoje tem amigos bem colocados no mercado, mas tem raiva de saber que há os que não lutam para conseguir e estão nos melhores cargos, aqueles "coleguinhas" que assistiam aula bêbados ou drogados, tem nome e sobrenome pesados e influentes.

Não é só mais uma na sociedade nem sempre cruel e nem sempre justa com seus guerreiros. Contudo, é mais uma jovem heroína que luta para mudar de vida. Sente um orgulho danado da mãe, copeira, e que a ensinou a ser uma destemível lutadora. Ama o noivo e com ele planeja evoluir. Não sabe se queria conhecer o pai (que foi embora e deixou a mãe dela grávida), só sabe que tem horas que sente falta de alguém que pudesse fazer esse papel, não entende bem esse sentimento e esse querer.

No mais, mesmo com a esperança machucada, segue de cabeça erguida, porque o que mais quer é trabalhar como enfermeira. Mais detalhes não sei, pois quando o ônibus chegou na minha parada me despedi e desci. Esqueci de perguntar o nome dela e ela o meu (eu tenho essa mania de ouvir as pessoas que nunca vi antes e não me apresentar).

Só sei dizer que assim como essa menina existem milhares de outros inconformados com as suas vidas e que querem fazer a diferença, que querem evoluir. Milhares que se formam na faculdade e que lutam muito para conseguirem o seus lugares ao Sol. Torço muito para que ela e todos os milhares (assim como eu um dia) consigam exercer suas profissões e tenham a vida que sempre sonharam.

*Essa e a primeira crônica/conto que escrevo da série Em Qualquer Rua, ainda existiram muitas outras, só não sei quantas.


Brasil vence o Mundial de Moradores de Rua e quase ninguém ficou sabendo disso

Sem patrocínio a equipe não pode ir completa. Foto: divulgação
Como é de praxe no Brasil se a equipe esportiva não for relacionada ao futebol e com os times principais, de salários milionários, não ganha foco da imprensa, e quando ganha é uma notinha de roda pé. Sem divulgação não existe patrocínio e sem patrocínio os times não podem participar de campeonatos.

Hoje o Marcelo Tas postou no blog dele sobre a Seleção Brasileira de Moradores de Rua que venceu o Campeonato Mundial com apenas quatro jogadores. Venceu invicta. Recomendo a leitura do artigo http://blogdotas.terra.com.br/2013/08/27/brasil-ganhou-a-copa-dos-invisiveis/ Vale muito!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Meio-ambiente como foco, enfim, do jornalismo

Enfim, o Planeta recebe a atenção merecida.
Muito se falou em meio-ambiente na década de 1990. Sei disso porque eu era criança na época e vi muitos falarem, mas eu sempre mantive a sensação de que as falas eram vazias e que ninguém dava muita bola. Posso dizer que essa visão durou até os primeiros anos da década seguinte, mas é claro o cenário mudou após o tão falado e tão temido aquecimento global.

Mesmo que o assunto tenha caído de pauta, o foco ambiental no jornalismo se mantém. Todos os jornais (ok, dizer todos é exagero) possuem uma coluna sobre natureza e sustentabilidade. Eu posso dizer que fico feliz em saber disso, que o nosso tão maltratado planeta agora recebe um pouco mais de atenção dos meios de comunicação tradicionais e novos.

Ponho o link do site da Rosana Jatobá. http://universojatoba.com.br/. É um site que gosto bastante pela variedade de assuntos que são trazidos em foco.

Também gosto do Globo Natureza por seu uma reunião de reportagens sobre o assunto. http://g1.globo.com/natureza/

O Estadão tem a editoria planeta http://www.estadao.com.br/planeta/ e é bem interessante e traz um foco um pouquinho diferente.

O Eco é um site que conheci a bem pouquinho tempo e acho ele muito bacana. http://www.oeco.org.br/

Mais sites sobre o assunto? Recomendo vasculhar o Google, sempre se acha pedras raras. Cuidado apenas com as falsas verdades que existem por aí.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

E quando a tua missão?



E quando a tua missão é maior que o esperado? É difícil de ser superada? Quando não se sabe o caminho? Tudo parece confuso, tão difícil. Nada é claro, pois tu sabes apenas qual a tua missão. Não a pediu, ela veio de presente na hora do teu nascimento. Alguns dizem que é carma outros dizem que é luz. Não sei ao certo, porque assim como tu não sei o motivo da minha.

Missão dada é missão cumprida, mas assim como tu torno tudo indagação: como e por quê? Missão é aquilo que está descrito como tua obrigação enquanto vive. Não é flexível como o destino que muda de acordo com nossas escolhas no presente. Missão é chata e nebulosa. Muitos não a cumprem, já que jamais souberam quais eram as suas. Mas para ti, assim como para mim, é diferente, sabemos a nossa.

Sendo assim, a única coisa recomendável a fazer é seguir em frente, talvez pedir ajuda quando necessário, respirar fundo, meditar, orar. Ter força, pois o caminho a seguir não serás fácil e tu perderas muitas coisas no caminho. Mas tudo, tenho fé, dará certo. E jamais te esqueça agora que tu sabes o teu motivo na Terra terás que executar a tua missão

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Criatividade

Eu iria postar outra coisa, mas a imagem do Papão disse tudo que eu queria dizer. Já fui julgada por querer fazer diferente, como se fazer igual fosse a coisa mais legal do mundo. Viva a diferença, VIVA a CRIATIVIDADE!

Crédito imagem: Grupo RBS
Herman Melville (1 de agosto de 1819 - 28 de setembro de 1891) foi escritor, poeta e ensaísta norte-americano. É dele a obra  Moby Dick, de 1851. Apesar do romance ter sido um grande sucesso no século XX, é apontado como o começo do declínio da carreira de Melville, pois não agradou os críticos literários e os leitores da época. A biografia do autor pode ser conferida no site da L&PM

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Quando me pedem experiência...

Sou formada a quase um ano e fico exatamente assim quando leio que para preencher uma vaga de jornalista eu tenho que ter uma experiência sólida.


domingo, 28 de julho de 2013

30 anos da primeira conquista da Libertadores da América pelo Grêmio

Há exatos 30 anos o Grêmio conquistava pela primeira vez a Libertadores da América. Tal feito seria repetido apenas em 1995. Em comemoração ao primeiro título neste campeonato deixo aqui o vídeo do jogo da final.



O engraçado é que não assisti ao vivo este jogo, afinal de contas ele foi quatro anos antes do meu nascimento. Mas por ter um pai fanático pelo time foi quase como se eu tivesse o visto. Cresci ouvindo as peripécias do Tricolor Gaúcho em 1983. Meu tinha tinha parte deste jogo gravado. Tinha também todo o jogo do Mundial, e talvez isso tenha fixado essa história na minha memória. Enfim, lembranças a parte apenas parabenizo Grêmio pela comemoração e ressalto o meu amor pelo tricolor.


domingo, 7 de julho de 2013

A tristeza frente ao fogo que consumia o Mercado Público

Foto: Prefeitura de Porto Alegre
"Onde irei comprar meus guardanapos agora?" se questionou uma senhora enquanto observava o fogo consumir uma parte do segundo piso do Mercado Público de Porto Alegre. Ela ainda completou "eu estava sem onde irei comprar novos?" As perguntas que voavam sem rumo pelo ar mostravam antes um rosto triste com a tragédia. Era como se não houvesse na Capital outro lugar para comprar panos de prato. Era como se na cidade não existisse outras lojas especializadas neste tipo de produto.

O que talvez essa mulher lamentava não era não ter mais onde comprar seus panos para secar a louça, mas sim como inúmeros porto-alegrenses não ter mais a rotina e a história que se tinha antes. Ela certamente não estava triste porque era uma consumidora fiel de determinada banca, o que a entristecia era o fato da quebra da certeza, do ritual da compra que de certa forma a ligava a narrativa viva da cidade.

A chuva fina que caia na noite do sábado, 6 de julho, molhava suavemente os rostos que olhavam atônicos o acontecimento com ares de tragédia. Chuva rala que em nada ajudava os bombeiros e seus equipamentos precários. Em meio as lágrimas dos comerciantes a indignação com a falta de respeito dos Governos com o Corpo de Bombeiros. Em meio as gotas d'água a espereça se misturava com o desespero.

Os detalhes da tragédia já foram mais que divulgados, logo não cabe a eu contar-lhes novamente. Dos males os piores. Os animais, em sua maioria aves, nada sofreram. Da parte incendiada, apenas 10% foi fortemente afetada. A verdade, crua e vergonhosa, veio à tona. O Plano de Prevenção Contra Incêndio do Mercado de Público de Porto Alegre estava vencido a seis anos.

Veja as fotos: http://oalvoradense.com.br/noticias/geral/16187

Agora o que resta é cobrar do Prefeito (que já se posicionou e disse que está em busca de verba) a reconstrução o mais rápido possível do Mercadão. Afinal de contas ele é o coração de Porto Alegre, amado por seus moradores e também pelos turistas que visitam a Capital.

A história do Mercado Público de Porto Alegre

Em 1869 começa a funcionar o Mercado Público de Porto Alegre, projetado pelo engenheiro Frederico Heydtmann, em estilo neo-clássico de um único pavimento. Em 1871 começou-se o calçamento do seu interior, e em 1874 os primeiros açougues começam a funcionar.

Em 1910 inicia-se o planejamento do segundo piso do Mercado. Dois anos após houve a inauguração, com características que definiram a estética que o prédio possui atualmente. Neste mesmo ano, 1912, um grande incêndio atingiu o Mercado, destruindo as bancas internas de madeira, mais tarde substituídas por outras de estruturas metálicas.

Conforme foi passando o tempo o espaço foi se modernizado. Se antes os escritórios ocupavam o segundo andar, a partir da década de 1920 os bares passam a fazer parte do cenário.

O Mercado Público passou por momentos difíceis, a enchente de 1941 e dois incêndios, em 1972 e 1979. Em 79 uma boa notícia. O Mercado foi tombado Patrimônio Histórico e Cultural.

Em 1997 após uma longa reformulação o Mercado Público ganhou uma nova cara e um maior espaço de circulação.

Toda a história pode ser conferida no site do Mercado Público.



quarta-feira, 12 de junho de 2013

#Feliz Dia dos #Namorados


Quando ontem de madrugada, perto da meia-noite, vi essa linda e fofa imagem no Google em homenagem ao Dia dos Namorados.

De tão fofinha resolvi pô-la aqui ao mesmo tempo que deixo a minha mensagem de feliz dia dos namorados à todos!

Essa imagem é resultante de uma parceria feia entre o Estúdio Maurício de Sousa e o Google Brasil.

A sensação que a cultura gaúcha me persegue.

Tchê, tenho a sensação que a cultura gaúcha me persegue. Explico o porquê.

Em casa não se escutava muito música gaúcha, meus pais não gostam de trova nem de milonga, mas no domingo era comum meu pai ligar o rádio na Liberdade, no qual se escutava Gaúcho da Fronteira, Tchê Barbaridade, dentre outros. Já perto do meio-dia a estação era trocada e ia para a Gaúcha, que dentre as notícias futebolísticas a trilha sonora tinha foco sulista. Na mesma época (nossa como o tempo passa) o programa Galpão Crioulo passava nos sábados à tarde. Na escola minha professora cultivava essa história toda e meio que incentivou o bairrismo da minha turma. Tinha colegas que frequentavam CTGs e é óbvio que eu buscava me informar sobre as coisas envolvendo o assunto para não ficar de fora das conversas.

Me lembro como hoje o dia, ou melhor os dias, que aprendi sobre as Missões Jesuíticas e a revolução de 1750. Eu estava na terceira séria, ano de 1996, e a escola tinha aderido a greve dos professores estaduais (vejam bem que essa luta por melhores salários dos professores do Estado é antiga). Minha professora não curtiu muito a ideia, pois já estávamos no meio do ano (não lembro bem o mês) e a interrupção das aulas seria prejudicial. Contudo ela resolveu nos deixar tarefa para a semana. Tínhamos que copiar um texto de mais ou menos umas cinco páginas, que no caderno viraram oito, sobre a Guerra Guaranítica  e responder as questões de interpretação textual. Uma atividade que envolvia história, português e geografia. Foi a primeira vez que tive contato de fato com a história do Rio Grande do Sul, e confesso não me agradou muito.

Passaram-se os anos e obviamente troquei de professoras, mas a história ensinada sempre se repetia. Revolução Farroupilha. Ano após ano a revolta de 35 voltava em meados de setembro. Haja saco para o mesmo assunto! Nas minhas duas últimas séries do ensino fundamental aprendi que nada na história acontece por acaso e que sempre o interesse financeiro moveu as revoltas, revoluções e guerras pelo mundo, logo por que a Farroupilha seria diferente? Os heróis daqui eram diferentes dos demais guerreiros?

Quando fui para o ensino médio mais e mais revolução Farroupilha! Sempre a mesma história! Será que era apenas esse o contexto que cercava a nossa cultura? Não e aos poucos descobri isso.

Durante três anos tínhamos que apresentar algo sobre a cultura regional perto das comemorações do 20 de setembro. Eu não sei se eu dava o azar de todo o ano ser sorteada a fazer algo sobre a Guerra Farrapa. Como eram sempre os mesmos avaliadores a criatividade tinha que falar alto. E assim sanei a curiosidade e vi que os tão nobres heróis farroupilhas na verdade eram estancieiros e comerciantes cansados dos mandos e desmandos do Governo Federal.

Neste mesmo período escolar não se pensa em outra coisa do que o vestibular. Sinceramente eu não li a trilogia O tempo e o vento, do Érico Veríssimo. Li apenas o resumo, visto que o número de livros da leitura obrigatória é grande. Prestei vestibular em 2007 e iria fazer o de 2009. Adivinha, dois ou três livros eram sobre cultura gaúcha.

Em 2008 quando entrei na Famecos meio que esqueci da tal cultura regional, até dado momento, pois o gauchismo é foco da Zero Hora, que em vários momentos foi analisada em aula. Eis que novamente com a pulguinha na orelha fiz a minha monografia exatamente sobre o assunto. Eu queria saber como a essa cultura muito bairrista se tornou parte fundamental da sociedade.

Minha mono foi sobre como a ilustração representa e critica essa cultura regional, através dos quadrinhos "Tapejara, o último guasca". Curti muito, já que descobri coisas muito interessantes, além de observar que o próprio regionalismo se adequa as transformações que o tempo traz, servindo de apoio para uma sociedade, ou seja, não só no Rio Grande do Sul acontece tal fenomeno. Porém, a experiência de escrever um trabalho como esses não foi ruim, mas muito e muito estressante.

Um ano depois cá estou eu lendo O continente, obra parte da trilogia citada acima. Obra importante na literatura brasileira e que deve ser conhecida. Minha mãe vira e mexe liga o rádio para escutar música gaucha e abriu um bailão perto da minha casa. Logo sinto que a cultura sulista me persegue, kkkkkkkk. Acho engraçado ao mesmo tempo de importante. Importante porque devemos conhecer o que cerca e o que faz a sociedade da qual fazemos parte.

Pretendo conhecer outras culturas, com os mesmos detalhes da cultura deste Estado. Afinal sou uma contador de histórias e preciso de histórias para contar.

 =)


terça-feira, 11 de junho de 2013

É com um suspiro que tudo se vai...

Um suspiro e tudo se vai. Como água corrente que passa pelas pedrinhas de um rio. As certezas se vão e o medo fica no lugar. Medo do que não acontece, da mudança que não acontece.

Ansiedade permanece como figueiras antigas, enraizada, firme e forte. A vida possui razões que só ela conhece e que nós desconhecemos e talvez nunca venhamos a entender.

Se a morte, infelizmente, chega para uns, desnudando famílias lhes tirando as crianças, para outros renasce em formato de esperança, ou não.

A razão parece que se esconde em um lar chamado subjetividade. Cada palavra que loucamente escrevo não quer dizer nada ao mesmo tempo que conto tudo querendo esconder-lhes com máscaras de arlequim. Sem sentido para vós mas principalmente para mim.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Felix o vilão que faz sucesso nas redes sociais

Print da tela
Não sou muito de comentar novela, apenas falo daquelas que amo a história. Essa nova das 21h, Amor à Vida, não caiu muito na minha preferência e até tirei sarro do primeiro capítulo. Mas se tem algo que nestes três dias tem chamado atenção é o vilão Félix (Matheus Solano) e as sua pérolas.

De frases impactantes o vilão odeia a irmã, quer o dinheiro do pai e botou o a sobrinha recém nascida no lixo. Apesar das maldades e a falta de caráter, Félix conquistou uma legião de fãs. Tanto que já existe até uma página no Facebook em homenagem a ele.

Criada (pelos mesmos administradores do Twitter do fã clube da Selena Gomes em Recife) hoje a page Félix Sensível já possui 934 fãs, o que certamente irá aumentar com o desenvolver da novela. Nem mesmo a Carminha consegui conquistar adoradores tão rapidamente.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Vídeo do amante é comercial de programa de TV

No domingo passado eu havia publicado aqui sobre um vídeo de um amante que pulava da janela de uma apartamento. Eu havia comentado no mesmo post que eu acreditava que aquilo nada mais era que um vídeo fake e que se tratava de um comercial. Pois bem, acertei o palpite.

O comercial é do programa Paixões Perigosas, que fará a sua estreia nesta sexta-feira às 22h, no Investigação Discovery.

Com o lema Traições de novela, Crimes reais o programa semanal irá abordar os crimes cometidos em nome da "paixão".

O novo filme pode ser conferido no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=lNKY4foakV4&feature=youtu.be

domingo, 19 de maio de 2013

O Ricardão pulou uma janela de apartamento na capital paulista.



Este vídeo foi publicado no dia 17 deste mês e em dois dias já foi visto por mais de 437 mil pessoas. A história é a famosa "Ricardão fugindo pela janela", aconteceu no Centro da capital paulista e é óbvio que atraiu espectadores.

 

 Eis que visualizando a filmagem me surgiram algumas dúvidas que botaram em cheque a credibilidade do vídeo.

Por que o casal estava brigando na varanda do apartamento?
Por que tinha ali um caminhão de bombeiros?
De onde e com que tempo o amante fez uma madalena (corda de tecido), se o marido corno chegou em casa e deu o flagrante? Ele fez a corda e não se vestiu, porquê?
Ao descer do prédio, ou melhor pular, por que ele não foi atendido por um bombeiro? Por que saiu pelado para algum lugar?

Pois é, ao ler os comentários vi que muita gente também desconfia do vídeo em questão. Muitos comentários acham que não se passa de uma jogada de marketing, propaganda, viral. Mas convenhamos, se for mesmo um vídeo publicitário foi muito mal feito.

História mal contada é fail!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O lado bom da vida de jornalista

Essa roupartilhei do blog Desilusões Perdidas, do jornalista Duda Rangel. E explica bem o motivo de eu ter escolhido essa ingrata e saborosa profissão.

Quando entrevistou o trapezista, teve vontade de voar.

Quando precisou voar para a pauta, entendeu o que é ser repórter.

Quando começou a caminhar pelas ruas, aprendeu a olhar o mundo de um jeito que ninguém sabia olhar.

Quando esbarrou nas imundícies da vida, percebeu que não podia se conformar com aquilo tudo.

Quando provocou um nó na garganta do leitor, sorriu todo cheio de orgulho.

Quando meteu o pé na lama, saboreou o prazer de não viver preso num escritório.

Quando visitou o asilo de velhinhos, descobriu o valor das boas histórias que ficaram perdidas.

Quando causou uma simples mudança na sociedade, teve a certeza de que essa coisa de ser jornalista vale a pena, sim.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Quando aquela música...

Quando aquela música te tortura, quando ela te representa ou quando ela é teu questionamento. Impossível existir apenas uma música que represente as nossas vidas. Na minha vida, por exemplo, a música não é escolhida por mim, ela é quem me escolhe.

Existe uma para cada tipo ou dia. Na minha formatura foi uma e não poderia ser outra. Meus mantras são as duas que estão ali no cantinho deste blog. Já algumas canções me lembram pessoas, essas em geral, são alegres.

Mas uma me causava a pergunta ou apenas o suplício: Don't you remember.



Será que lembrava tanto quanto eu lembro? Será que esqueceu de tudo que aconteceu? Espero que não tenha me esquecido.

Não faltava coragem para perguntar, mas existe uma coisa na vida que aprendi. Determinadas respostas demoram anos para serem respondidas. Determinadas perguntas jamais devem ser feitas exatamente porque as respostas são automáticas.

Enfim, aquela antiga pergunta ou suplício que por vezes me abatia foi respondia: não, não esqueceu. Lembra ainda, nunca irá esquecer. Aqueles momentos não ficaram apenas na história da minha vida, ficaram naquela vida também.

É bom saber que fiz parte da história de alguém, que a pessoa guarda aqueles momentos com carinho tanto quanto eu guardo. A música por sua vez mudou, talvez volte a antiga ou surja uma nova. Quem sabe? Ainda existe muita história para ser escrita e muita canção para ser escutada.

domingo, 21 de abril de 2013

No silêncio...




É no silêncio que me faço mais forte, pois sou excelente observadora.
Se me distancio apenas quero saber em que chão estou pisando ou em que céu voarei. Gosto de novos rumos, mas jamais esqueço dos antigos. 
Apenas é necessário cuidado, porque é no silêncio que os monstros surgem e que as lâmpadas se iluminam. 
Por vezes, o escuro é mais claro que a própria luz, logo é mais fácil enxergar os erros humanos e a mentira entorno de histórias vazias.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Minha vida nada fácil de social media

Eu ainda ficarei mais louca do que já sou!
Essa minha nova fase de social media está me deixando maluca. O foco da empresa para qual presto serviços de freelancer mudou um poucão. Agora com o novo site as coisas estão se ajustando e chegou a vez da comunicação ter uma nova roupagem. O problema é que a vida de um analista de redes sociais não é nada fácil. E para eu é complicado.

Complicado porque eu não entendo lhufas! Twittar coisas pessoais é uma coisa, criar conteúdos para uma empresa é outra. É uma tal analise para cá, para lá, ferramenta disto, disso, daquilo e daquele outro.

Sério estou tirando um dobrado! :-p

Ai eu levei bronquinha, que de boa nem prestei a atenção, e estou falando isso publicamente, mas o mais importante eu descobri. Tenho que correr atrás da máquina e está é a oportunidade que tenho. Pois pesquisando, pesquisando o assunto achei umas apresentações bem bacaninhas que resume o trabalhão. Por tanto vou colocá-las aqui para consultas futuras.

Achei um artigo também. Vai que ajuda!? http://midiassociais.blog.br/2013/03/14/como-fazer-relatorios-eficientes-para-seus-clientes-nas-midias-sociais/






sábado, 13 de abril de 2013

"Experimente dançar em uma pista de boate quase vazia"

Sabe aquela história de ter história para contar? Então, ela é real. Mas só viver nos proporciona isso, viver em detalhes, fugindo da rotina. Existem prazeres que só se descobre quando se faz o improvável para a maioria das pessoas.

Experimente dançar em uma pista de boate quase vazia. É mágico, pois dá para dançar de verdade, inventar e improvisar passos, bancar o boneco doido, pular, bater cabelo, balançar os braços sem o perigo de bater em ninguém, rebolar. Para isso é necessário uma dose de cara de pau. Principalmente se a pista já tiver sido fechada e toca aquela música, e tu tens que pedir para o segurança liberar só aquele som.

Aproveite e dance na rua, cante se for necessário. Caso não queira passar por maluco uma saída é estar acompanhado de amigos, não muitos, e talvez de noite, pois daí dá para dizer que estavas bêbado mesmo sem estar.

Troque bar durante a noite é interessante Converse com pessoas de todas as idades de todos os jeitos, é bom elas sempre têm muitas histórias.

Vá ao bar! Crie e compartilhe debates, eles te fazem evoluir (ou nem tanto, kkkkkkkk).

Enfim, encontre os amigos e faça novas amizades!

Mas não se esqueça dance. Em casa, na danceteria, na rua, na escola. Dance porque a música liberta a alma e o corpo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Deu certo: VEM PRA LUTA, VEM CONTRA O AUMENTO!!!!!!!!! #Orgulho

Primeiro protesto, em frente a PUCRS./ Foto: Bruna Souza.
VEM PRA LUTA, VEM CONTRA O AUMENTO!!!!!!!!!

Deu certo, muito certo a movimentação popular contra o aumento das passagens de ônibus de Porto Alegre!

A passagem volta para R$2,85. A decisão foi tomada hoje a tarde, através de uma liminar que o prefeito diz que não vai recorrer contra. Não sei se expliquei direito e quem quiser saber mais só ler a reportagem que está no link http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/04/em-ate-24-horas-sistema-deve-ser-ajustado-para-o-valor-antigo-garante-o-vice-prefeito-sebastiao-melo-4096179.html

EU APENAS VIM DIZER QUE ESTOU MUIIIITO ORGULHOSA DO POVO DA MINHA CIDADE!

Sou indelicada sim, com muito prazer!



Sou indelicada. Isso não é uma constatação, é uma certeza. Mando alguém que me irrita enfiar algo no olho do rabo com a mesma naturalidade que mando calar a boca ou digo obrigada (esta última apenas se estou agradecida). Não fui educada de forma errada pelos meus pais, é meu jeito mesmo. Minha mãe não gosta e meu pai odeia isso.

Desculpa, mas sou apenas o monstrinho que criaram. Sofri preconceitos de todas as formas, por ser magra, menina, por ter personalidade forte, por gostar de ler, de escrever,por ter jeitinho de moleque. Por ser filha de pais divorciados, e olha só, meus pais só se separaram quando eu tinha 16 anos. Portanto isso aconteceu  já nos anos 2000. Talvez esse meu jeitinho desbocado tenha sido uma forma que arranjei para me defender, de forma inconsciente ou nem tanto.

Não sou indelicada o tempo todo, tem dias que sou fofa, menininha, mas em outros... Já fui falsa, muitas vezes, tão falsa que me deu nojo. Mas são ossos do ofício, afinal às vezes é necessário suportar determinadas coisas em nome da boa convivência social.

Odeio ter que engolir o meu orgulho, odeio ter que abaixar a cabeça, fazer de conta que aceito. Mas não tem jeito é como diz o ditado popular "quem precisa tem juízo, quem tem juízo joga a partida a seu favor".

Tenho a famosa boca suja, porém nunca se esqueçam que a mesma língua que ofende é a que elogia.

Suporto muita coisa, tanta que prefiro nem falar o que é, não vale apena. Apenas digo que tenho esperanças de um futuro melhor. E sim,  sou indelicada, com muito prazer!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Adele de ônibus...


Sou meio doidinha, quem me conhece bem sabe disso. Mas só quem me conhece bem, pois em geral a minha pseudo timidez atrapalha. Ontem, 2 de abril, comecei sem querer a cantar baixinho no ônibus, bem baixinho quase uma dublagem. As pessoas que viram meu ato "maluco" me olharam meio estranho. Foda-se!, pensei.

Na hora eu estava escutando a PopRock e estava tocando Skyfall, música ganhadora do Oscar 2013.


O bacana é que ao chegar no serviço ao abrir uma rede social encontrei o seguinte texto, que reproduzido aqui está! E mais ou menos dizia o que eu estava sentido naquela manhã. O autor jura que não é um publipost, mas citou uma autora e sugeriu que a conhecêssemos.

;)

Dicas que cabem em um papel para levar no bolso e no coração. A ordem não tem a menor importância.

Por Hélio Monteiro

1. Mude do bom para o mau humor, e vice-versa, sem culpa.

2. Perca o juízo e a virgindade. Não precisam ser juntos.
3. Eleja um escritor para chamar de seu (pode ser mais de um). Se torne especialista da obra dele.
4. Quebre uma regra leve. Não precisa contar para ninguém. Apenas reflita, por um par de horas, no que você fez.
5. Escreva! Vale começar com “Querido diário, hoje o preço da passagem está dois e 85”.
6. Vá dançar. Tem que ter espaço, música boa, e se puder ser numa cidade onde as pessoas não te conheçam (ainda), melhor. Esqueça a vergonha no metrô, se você for de metrô e arrase na pista.
7. Conheça Cristiane Lisbôa. A menina já escreveu livros e assina textos nas revistas de gente boa e bacana do nosso Brasil. Ela dá curso e risada, chama Go, Writers.







Vou te pegar!


Ressaca


terça-feira, 2 de abril de 2013

Protesto vira passeata e reúne cerca de 10 mil pessoas em Porto Alegre

Foto: Carlos Ferrari
Muito se falou hoje do protesto que aconteceu na noite de ontem, 1 de abril, contra o aumento das passagens de ônibus. Na quarta-feira passada também teve movimento na frente da Prefeitura Municipal, porém não tão bela quanto a de ontem, pois alguns manifestantes quebraram vidraças do prédio da Prefeitura. Mas bagunças a parte apenas queria escrever o quão bela foi a movimentação popular da noite.

De acordo com a polícia militar havia entre 5 mil a 10 mil pessoas no protesto que começou na frente da Prefeitura Municipal e tornou-se passeata pelas ruas do Centro Histórico de Porto Alegre. Não fui, confesso que fiquei com medo depois do ocorrido na quarta-feira. Também porque não tinha dinheiro para a passagem e estava podre de cansada. Fiquei acompanhando de longe, via redes sociais, nos perfis dos meus eternos colegas de faculdade e também de jornalistas que sigo no Facebook e Twitter.

As imagens que chegavam até mim são lindas! Uma galera cantando, dançando, pulando protestando, sem briga e sem enfrentamento com a polícia. Uma das informações mais lindas que recebi foi de que ao chegarem perto do Complexo Hospitalar Santa Casa os protestantes, (estudantes e trabalhadores) se calaram e fizeram uma marcha silenciosa, mostrando todo o respeito pelo local.

Tanto as imagens que recebi, assim como as conversas, me deixaram encantadas, justo eu que estava perdendo o encanto por Porto Alegre, a minha amada cidade, e principalmente pelas pessoas que aqui vivem. O protesto de ontem à noite me lembrou as passeatas do Fórum Mundial, de certo modo os embates políticos que aconteciam pela cidade na época em que o Colares ainda era vivo e brigava pela prefeitura da Cidade. Isso porque por duas vezes vi PT, PDT e PSDB brigando, ou melhor, duelando em seus comícios nos bairros, onde cada partido e seus seguidores buscavam adeptos para seus candidatos apenas com músicas e gritos de guerra.

Enfim, uma nova mobilização está marcada para quinta-feira, dia 4, também na frente da Prefeitura. https://www.facebook.com/events/110778555759591/ 

A foto lá de cima é do Carlos Ferrari. Se alguém estiver afim de conhecer o trabalho do cara aí está o link http://www.flickr.com/photos/carloshferrari/sets/72157633147342132/