terça-feira, 15 de novembro de 2011

O malandro que saiu do livro

O poderia ter sido apenas mais uma ida relâmpago ao Centro, daquelas que só servem para ir direto a determinada loja, comprar o que se precisa e voltar para casa, mas não foi. Em uma pequena viagem de 45 minutos é provável que algo possa acontecer, porém também é possível que nada aconteça. Em um dia nublado e de temperatura amena que causava sonolência em que pegava o coletivo  a última alternativa era a que prevalecia.

Quando menos se esperava na parada da Redenção sobe no ônibus um senhor que aparentava seus 70 e poucos anos, vestido de branco, sapato da mesma cor com bico fino e chapéu Panamá. Até então tudo bem, ficou parado como quem busca equilíbrio e quando o coletivo parou prossegui até os bancos do fundo. Durante a sua passagem parava e brincava com os bebês que estavam no colo de suas mães e todos riam para aquele senhor vestindo branco.

Seu andar era bossa, malandro como o seu sorriso. Poderia-se dizer que era carioca se não fosse o sotaque forte de gauderio da capital. A cada passo, sorriso ou fala daquele senhor me fez lembrar dos personagens de livros e contos que lia quando eu era criança e falavam do malandro da década de 20 do século passado.

Parei em frente ao velho (apenas modo de falar) observando-o hipnotizada, pois era como se os meus personagens prediletos tivessem tomado forma e se personificado bem ali na minha frente. Não era o malandro novo, agora ele já é avô, mas naquele momento não dei bola para isso.

Boa parte das pessoas nem vai dar bola para fato e no ônibus sei que ninguém reparou, contudo a experiência de ver um personagem de livro pegando coletivo e andando todo bossa com seu chapéu Panamá foi única. O engraçado foi que a minha pressa era de chegar até a Feira do Livro, a minha e a do vovó malandro.

sábado, 5 de novembro de 2011

O ensinar sobre o Holocausto agora é obrigação

A partir do dia 1 de março as escolas municipais de Porto Alegre são obrigadas a ensinar sobre o Holocausto.

Essa é uma lei municipal e foi sancionada pelo prefeito José Fortunati em outubro do ano passsado. O projeto foi desenvolvido e criado pelo vereador Valter Nagelstein.

No vídeo o depoimento do diretor da Federação Israelita. A matéria completa está no blog Jornalismo Freestyle.