sábado, 15 de janeiro de 2011

Mas afinal, o que é o jornalismo em HQ ?

O jornalismo em quadrinhos é uma nova forma de fazer reportagens. Muitas dessas matérias são publicadas em livros (o chamado livro-reportagem), pois na maioria das vezes o jornal diário não tem espaço para este novo formato. As tiras começaram a ser usadas nos Estados Unidos no século 19, criando assim a base da indústria dos quadrinhos atuais e as relações entre notícia e a arte gráfica. Hoje os jornais utilizam a ilustração na descrição de casos, em geral polícias, mas principalmente na editoria de crítica. Contudo o estilo, assim como o jornalismo literário, ainda não possui muita credibilidade.


Pelo que já foi produzido é possível ver que os campos de conflito são terrenos férteis para a produção de reportagens em quadrinhos. Em 2009 Joe Sacco foi enviado pelo britânico The Guardian ao Iraque para produzir o chamado comics journalism. Criou peças como Complacency Kills e Trauma on Loan, com fatos sobre o Iraque, fazendo o registro da invasão americana e das torturas nas prisões de Abu Ghraib.

Joe Sacco é o jornalista mais conhecido neste meio, já que na década de 1990 produziu um grande número de matérias em HQ. Em 1994 lançou o livro Palestine: a nation occupied, pela editora Fantagraphics (Palestina- Uma nação ocupada. Conrad, 2000). Em alguns de seus trabalhos, como Área de Segurança Goradze, utilizou-se dos meios de produção de reportagem, sendo que apresentou uma pauta, inseriu personagens no relato e descreveu ações com economia e funcionalidade.


No Brasil o jornalismo em quadrinhos também figura. A edição em HQ da reportagem A Infiltrada, coordenada pelo diretor de arte Samuel Cabral, para o jornal Agora São Paulo. Teve como ilustrador Luciano Veronezi e a sequencia de apuração de Carla Monique Bigatto. Quadro a quadro, é narrada a operação de uma policial de 21 anos que se disfarçou para desbaratar um esquema de tráfico internacional.
A vantagem do expediente foi a de manter incógnita a identidade da personagem central da história. E a de materializar um relato vivo. Os quadrinhos por sua vez acabaram não sendo o apêndice da notícia, mas sim a própria informação.

Em 9 de abril de 1999 Patrícia Villalba realizou a primeira entrevista brasileira em HQ, para o jornal O Estado de S. Paulo. Patrícia marcou o encontro entre Tom Zé e Otto, representantes de duas gerações da MPB, que fariam shows no dia seguinte a entrevista. Foi acompanhada por Fábio Moon e Gabriel Bá, então já conhecidos pelo fanzine 10 Pãezinhos. As três horas de conversa viraram duas páginas de jornal de uma bem-humorada entrevista, que fugia do tradicional ping-pong, em que Tom Zé surge na velha Brasília utilizada nos anos 80 para dar carona ao colega em plena caatinga.

Em 2002, as jornalistas Carolina Cassiano e Rachel Bonino, procuraram os escritórios de designers Fábrica de Quadrinhos e Expresso para reconstituir o massacre dos 111 presos do complexo prisional Carandiru ocorrido em 1992. Cada escritório seqüenciou um dos relatos com um estilo diferente, criando um genuíno efeito de "espelho" entre as versões.

Em novembro do ano passado, no período da Feira do Livro, aconteceu o I Encontro Internacional de Jornalismo em Quadrinhos, na cidade de Porto Alegre. Entre os debates que ocorreram uma das questões levantadas foi da falta de espaço que esse gênero tem no meio acadêmico. Durante o debate Aristides Dutra levantou a questão de não existir uma teoria para a análise específica do desenho. As primeiras análises surgiram em 1960 na Itália. No Brasil é recente, segundo o pesquisador existe a mais ou menos 15 anos.

Para o ilustrador João Spacca é necessário que se exija uma reflexão na prática do jornalismo em quadrinhos. Se por um lado é novidade, pelo outro é bastante comum, pois os desenhos gráficos são muito utilizados no jornalismo opinativo, tendo como exemplo as charges e as tirinhas, que em geral aparecem em sequencia.



Nos links abaixo você encontra revistas de jornalismo em HQ e eventos anuais pelo mundo:

Revista Italiana MAMMA

Associação Cultural Mirada (pag. Em Italiano)

Revista da Língua Portuguesa

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Dicas de sobrevivência - Almondegas

Não é nada fácil sobreviver sem a ajuda dos pais. Não eu não moro sozinha, mas tenho de me virar e ajudar a manter tudo em ordem. Mamãe trabalha fora e agora quem cozinha sou eu. Isso não seria problema se eu não fosse atrapalhada e gostasse de cozinhar.

Contudo tenho me saido bem nesta missão.

Hoje fiz almondegas para o almoço.

A receita é fácil:

 Ingredientes
*carne moida: mais ou menos 250g.
*pão tipo francês molhado
*uma cebola picada
*tempero verde a gosto
*sal a gosto
*1 ovo
*2 colheres de sopa de farinha de trigo

Modo de Fazer
Em uma tigela coloque a carne. Acrescente os temperos, o sal, o ovo e o pão. Misture tudo.
Depois acrescente a farinha e mexa.
Quando a massa ficar pronta faça bolinhas e frite.

Para acompanhar faça um molho. Eu prefiro o molho de tomates.
#DicasDeSobrevivência

domingo, 9 de janeiro de 2011

O primeiro rabanete a gente nunca esquece!


heheeh,esse rabanete nasceu no canteiro de flores da minha mãe e foi o primeiro que pode ser colhido. A mãe ficou super feliz quando viu que pelo menos uma das suas raízes comestíveis havia nascido. Por isso a brincadeira do " o primeiro rabanete a gente nunca esquece!"

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A volta dos passarinhos

Essa foto foi tirada a mais ou menos um mês e mostra a mamãe passarinho dando de comer para o seu filhote. Como disse em uma postagem anterior essa espécie de ave (que não sei o nome)alimenta-se diariamente na minha casa. Muitos caçam minhocas no canteiro de flores e temperos.