Era de manhã quando o político ligou para a prostituta
marcando um encontro, em um lugar diferente do habitual. Eles se encontrariam
em uma rua na divisa da cidade. Lá era um lugar deserto, quase não havia
moradores e as casas ficavam longe um das outras.
O relógio marcava meia-noite quando a prostituta chegou ao
local. Desceu do táxi e caminhou até o lugar do encontro. Com o dossiê nas mãos
esperou o político ansiosamente. Olhava o relógio várias vezes, andava de um
lado para o outro e estranhou a demora.
Um carro preto de vidros escuros chegou ao lugar, a mulher
estava de costas, voltou-se para o carro, mas não teve tempo de ver quem estava
lá dentro, pois um tiro certeiro atingiu seu peito. Ela caiu desmaiada no chão.
Porém não estava morta. O homem que lhe deu o tiro saiu do carro, chegou perto
da mulher e lhe deu mais dois tiros. A prostituta não resistiu e morreu. O
homem, que vestia uma roupa preta, pegou o dossiê das mãos dela e deixou a arma
do crime ao lado do corpo. Entrou no carro e foi embora.
O político esperava alguém em um bar, mostrava-se
angustiado, quase não tirava os olhos do celular. Foi quando entrou pela porta
do comércio um homem de aparência sinistra e que caminhou em direção ao
vereador. Sentou-se a mesa e entregou para ele uma pasta preta, no qual
continha o dossiê que a prostituta tinha montado. O político, por sua vez, deu
para aquele homem uma pasta cinza com segredo, lá dentro tinha 100 mil reais.
Sim, o político achou mais vantajoso matar a mulher, sua amante por anos, por
100 mil reais, do que pagá-la 500 mil dólares.
Os dias, assim como as noites, passaram e a
esquina no qual o político encontrava a sua meretriz estava vazia. Ele
encontrou outra mulher para satisfazer seus desejos sexuais. Essa além de mais
bela, era mais barata e não fazia tantas exigências. O vereador continuava sendo
investigado, mas isso não o preocupava mais.
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