domingo, 20 de julho de 2014

#Conto: O político e a prostituta - Parte I

Primeiramente eu queria explicar uma coisinha, sou jornalista e não uma escritora. Escrever sempre foi uma das minhas atividades preferidas e desde muito pequena demonstrei interesse pelas palavras. Com oito ou nove anos eu escrevia versinhos que minhas colegas de colégio gostavam.  No final da minha infância e início da minha adolescência eu escrevia historinhas, mas estas eu raramente mostrava. Sempre tive vergonha. Entre 2007 e 2009 eu escrevi cerca de seis contos, recentemente encontrei quatro. Tomei coragem e vou mostrá-los em primeira mão. Não todos, apenas dois, os que foram melhores escritos. Ambos eu classificaria de contos policiais ou algo do gênero.

Hoje apresento o que escrevi com 19 anos. Saliento que a história é um pouco juvenil e não tem um enredo tão caprichado, pois na época em que eu o escrevi me faltava a experiência que adquiri durante a faculdade. Sinceramente eu espero que gostem e voltem para ler o restante desta história e a próxima.

Abraço!

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O político e a prostituta
Durante as madrugadas frias ou quentes um homem encontrava uma mulher voluptuosa, em uma esquina escura e pouco movimentada. Ela sempre o esperava ali e o recebia com muitos beijos, depois entrava no carro dele. O automóvel, porém, não ia muito longe. Andava alguns quilômetros e entrava em uma garagem de motel.

A mulher era uma prostituta, possuía uma ambição enorme. Adorava joias e dinheiro, sempre queria mais e mais. O homem era vereador de uma cidade pequena. Era um político corrupto, tinha sede por dinheiro. Dentre os muitos golpes, era mais conhecido por sonegar impostos, fazer caixa dois e lavar dinheiro. Os dois mantinham um caso já fazia muito tempo.

O político e a prostituta se encontravam em vários dias da semana, mas sempre durante a madrugada. Frequentavam vários motéis da cidade, contudo eram muito discretos. A prostituta cobrava caro e o político pagava sem a menor cerimônia. Ela topava fazer tudo que o vereador queria em troca de presentinhos como joias e roupas de marca. Ele era um homem esperto, contudo, ao lado dela se tornava um trouxa. Certa vez ele queria vê-la transando com outra garota, ela topou desde que ganhasse em troca um conjunto de gargantilhas de diamante. O político topou na hora pagar, desde que o desejo fosse realizado. E foi.

Como nada é para sempre, a situação aos poucos foi mudando. Certa noite, ela o esperava como de costume. O vereador ao chegar não desceu do carro para cumprimentá-la, apenas abaixou o vidro do carro e pediu para que a mulher entrasse. Quando a prostituta entrou no automóvel lhe deu um selinho, neste momento percebeu que ele estava muito abatido. Então, perguntou o que havia acontecido. O homem explicou que estava muito preocupado, porque estava sendo investigado. A partir daquele momento teria que controlar os gastos e não poderia dar mais para ela os presentinhos caros de antes. Agora o máximo que ele poderia dar era a comissão por seus serviços. Com um semblante de preocupação, a prostituta concordou em aceitar só o pagamento e o abraçou fortemente. Tudo era fingimento, em sua mente ambiciosa planeja algo. 

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